Marinha finlandesa lança exercícios no mar Báltico com mais de 5 mil soldados em conjunto com a OTAN


A Marinha finlandesa lançou o exercício naval multilateral anual Freezing Winds 2022.
O exercício vai ser realizado a partir desta terça-feira (22) até o dia 2 de dezembro no golfo da Finlândia e no mar do Arquipélago e vai envolver 5.000 soldados costeiros e terrestres e 23 combatentes de superfície, incluindo navios de transporte, serviço e apoio.
O exercício Freezing Winds (ventos congelantes) vai envolver o Grupo Um Marítimo da OTAN (SNMG1, na sigla em inglês), que compreende três embarcações navais, um dos Países Baixos, um da Noruega e um da Dinamarca, e o Grupo Um de Contramedidas de Minas da OTAN (SNMCMG1, na sigla em inglês), que consiste em quatro navios de guerra da Alemanha e dos Países Baixos. Os EUA devem contribuir com um destróier da classe Arleigh Burke e uma aeronave Poseidon, que vai realizar a vigilância marítima, bem como unidades do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA. Por fim, a programação do Freezing Winds 2022 vai incluir duas corvetas da classe Visby e uma corveta da classe Goteborg da vizinha Suécia.
O objetivo formal do exercício é treinar as forças internacionais em operações conjuntas em condições climáticas extremas durante o final do outono na costa finlandesa e nas regiões do mar Báltico e trocar habilidades e técnicas.
O comandante do Estado-Maior da Marinha finlandesa, o comodoro Jukka Anteroinen, descreveu o exercício como uma “oportunidade única” para ensaiar tarefas de combate exigentes nas duras condições de novembro no mar Báltico, referindo-se ao envolvimento de “parceiros internacionais” como “adição muito bem-vinda” para a Marinha finlandesa.
O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, fala durante uma coletiva de imprensa para apresentar a próxima reunião dos Ministros das Relações Exteriores do Conselho do Atlântico Norte (NAC, na sigla em inglês), na sede da OTAN em Bruxelas, 5 de abril de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 05.11.2022

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No mês de maio, a Finlândia solicitou a adesão à OTAN juntamente com a Suécia sob o pretexto de um ambiente de segurança alterado após a operação militar especial de Moscou na Ucrânia. Esta etapa encerrou sua política duradoura de não alinhamento. No entanto, esse movimento não foi inesperado, pois ambos os países estabeleceram laços cada vez mais próximos com a aliança liderada pelos EUA por meio de um sistema de exercícios conjuntos e aquisição de armas, além de participarem de operações no exterior que vão da África ao Oriente Médio, permanecendo não alinhados apenas no nome.
Antes de apresentar suas candidaturas à OTAN, os dois países quebraram outro princípio de longa data de não enviar armas a países em conflito, fornecendo vários pacotes de assistência à Ucrânia, desde armas pesadas a treinamento militar.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia chamou a adesão da Finlândia e da Suécia à OTAN de “erro com implicações de longo alcance”, prevendo um aumento nas tensões militares em geral.
O presidente russo, Vladimir Putin, disse que Moscou vê a adesão da Finlândia e da Suécia à OTAN de forma diferente da Ucrânia, já que não tem disputas territoriais com os países escandinavos. No entanto, se Helsinque e Estocolmo permitirem o envio de contingentes e armamentos da aliança militar a seus respectivos países, a situação vai se deteriorar, forçando Moscou a tomar as contramedidas apropriadas, alertou o presidente russo.

Fonte: sputniknewsbrasil

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