No domingo (13) na rua turística Istiklal, no centro de Istambul, ocorreu uma explosão causadora da morte de seis pessoas e no ferimento de outros 81 indivíduos.
A mulher suspeita de perpetrar o ataque foi detida, tendo ela confessado ter ligações com o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), banido na Turquia.
O chefe do Ministério do Interior turco, Suleyman Soylu, disse suspeitar que o ataque tivesse sido ordenado da cidade fronteiriça síria de Kobani e que a perpetradora tivesse atravessado o território turco através da cidade de Afrin. Soylu afirmou na segunda-feira (14) que as autoridades de seu país não aceitam as condolências da embaixada dos EUA em conexão com o ataque.
“É claro que os EUA estão por trás do ataque em Istambul e Washington apoia abertamente a organização terrorista PKK. Lá é distribuído o orçamento para o PKK, sendo as decisões tomadas no próprio Senado [norte-americano]. Não há dúvidas de que os EUA treinaram esses terroristas. EUA ameaçam a Turquia no Mediterrâneo Oriental e querem quebrar a resistência da Turquia aqui através de tais atos terroristas”, observou o especialista.
Ele recordou a recente decisão da Organização dos Estados Túrquicos, na qual foi admitida a República Turca do Chipre do Norte como Estado observador.
“É um elemento que pode alterar o equilíbrio no Mediterrâneo Oriental, o que provoca muito desconforto a Washington. Os EUA estão desconfortáveis com as relações turco-russas na economia, energia e política. O incumprimento pela Turquia das sanções impostas à Rússia e o fato de que as relações econômicas da Turquia e Rússia receberam muito mais impulso são uma grande ameaça para os planos dos EUA na região“, salientou Perincek.
Para o historiador, Ancara deve dar respostas sérias a esses ataques.
“A Turquia não pode eliminar essas ameaças contra si mesma permanecendo dentro do sistema da OTAN. Nesse sentido, a retirada da Turquia da OTAN é uma questão relevante e está ligada à segurança da Turquia”, opina o especialista.
Fonte: sputniknewsbrasil