Reino Unido anuncia saída das ‘forças de paz’ do Mali e culpa Rússia pelo fracasso da missão


O Reino Unido é mais um europeu que retirará suas forças da Minusma (sigla em francês para Missão Multidimensional Integrada das Nações Unidas para a Estabilização do Mali), comunicou o ministro das Forças Armadas, James Heappey, nesta segunda-feira (14).
Durante o anúncio, ele culpou as autoridades malinesas e a presença russa na região pela retirada britânica, apontando que ambas prejudicam “ainda mais a situação de segurança na região”.
Vale lembrar que, em outubro deste ano, o presidente russo, Vladimir Putin, e o governo do Mali reafirmaram um compromisso conjunto para combater o terrorismo no Sahel. A suposta cooperação das autoridades do Mali com a empresa militar privada russa Grupo Wagner, inclusive, é um pedido das autoridades locais.
Ao abandonar a missão Minusma, James Heappey disse que “devemos deixar claro que a responsabilidade por tudo isso está em [a capital do Mali] Bamaco. Dois golpes em três anos aconteceram”.
O presidente interino do Mali, coronel Assimi Goita, após colocar uma coroa de flores em monumento, durante a cerimônia de comemoração do dia nacional do Exército, em Kati, no Mali, em 20 de janeiro de 2022. - Sputnik Brasil, 1920, 05.05.2022

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Em maio de 2021, as forças armadas do Mali lideradas pelo então vice-presidente Assimi Goita removeram o presidente interino Bah Ndaw e o primeiro-ministro interino Moctar Ouane do cargo, após acusá-los de quebrar as regras de transição.

Um conselho militar assumiu o controle do país e anunciou sua intenção de realizar eleições presidenciais e parlamentares em 2024. Em junho de 2021, o Tribunal Constitucional do Mali declarou Assimi Goita o presidente interino.

Em julho de 2022, as autoridades do Mali tomaram a decisão de suspender o rodízio dos militares na Minusma.

Forças francesas da Operação Barkhane patrulham ruas de Timbuktu, no Mali, em 29 de setembro de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 16.09.2022

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Em julho deste ano, a França falou sobre a operação para retirar suas tropas do Mali, ao ser expulsa pela junta militar depois de quase uma década no país.
Em entrevista à Rádio França Internacional (RFI), o comandante da Operação Barkhane no Mali, o general francês Laurent Michon, disse que é preciso mudar o modo de atuação e confirmou a transferência de soldados para o Níger.
Segundo ele, as forças francesas na região africana do Sahel mudarão o seu modo de operação, agindo “em apoio” às forças locais em vez de substituí-las. O general afirmou que os franceses “agora têm pouco mais de 2 mil homens” no território.
O presidente Emmanuel Macron anunciou a retirada em fevereiro, dizendo que a Operação Barkhane continuaria em outros lugares do Sahel, mas de forma menor e reconfigurada.

Fonte: sputniknewsbrasil

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