Neste sábado (12), a presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, disse que sua missão na vida é garantir que Taipé continue pertencendo ao seu povo e que a existência da ilha não seja uma provocação para ninguém, segundo a Reuters.
“Quero dizer a todos que a existência de Taiwan e a insistência do povo taiwanês na liberdade e na democracia não são uma provocação para ninguém. Como presidente, meu chamado é fazer todos os esforços para deixar Taiwan ainda ser a Taiwan do povo taiwanês”, afirmou Tsai citada pela mídia.
As declarações da líder acontecem a apenas alguns dias das eleições locais, marcadas para 26 de novembro, e um mês depois do presidente chinês, Xi Jinping, garantir um terceiro mandato na China.
Embora a votação para prefeitos e vereadores seja nominalmente sobre questões domésticas, Tsai disse a milhares de apoiadores em um comício no centro de Taipé hoje (12) que muito mais estava em jogo, e foi a primeira vez que ela foi tão explicitamente contra Pequim em uma campanha, relata a mídia.
A presidente disse que não “se rendeu” à proposta de Xi de “um país, dois sistemas” de autonomia sob a soberania chinesa e que, sob sua liderança, cada vez mais países consideram a democracia e a segurança da ilha como a chave para a paz.
O gigante asiático considera Taiwan seu território dentro da política de Uma Só China, e depois que a presidente da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi, visitou Taipé em agosto – mostrando o apoio norte-americano à ilha –, Pequim realizou uma série de exercícios militares nas linhas sensíveis do território taiwanês.