Consórcio destaca fertilizantes, mas não informa detalhes sobre investimento anunciado
“Hoje, mais de 85% dos fertilizantes consumidos no Brasil são importados. Com a plena operação do Projeto Santa Quitéria, serão produzidos cerca de 1,05 milhão de toneladas de fertilizantes fosfatados anualmente. Somada a produção atual da Galvani, que forma o Consórcio Santa Quitéria junto à INB, o volume representará 25% da demanda atual das regiões Norte e Nordeste”, afirma o consórcio.
Manejo do urânio tem riscos ambientais, explica engenheiro
“Para produção de energia, o urânio precisa passar por uma etapa importante, que é o enriquecimento isotópico, que eleva o percentual de 235U [isótopo do urânio] de 0,7% encontrado na natureza para 5%, necessário para o uso em reatores nucleares”, detalha.
“Na mineração do urânio, quando ele é o minério principal, como é o caso da mina de Lagoa Real, em Caetité, na Bahia, a extração é feita em diversas etapas de um processo físico-químico. Depois de britado, o minério é disposto em pilhas e irrigado com solução de ácido sulfúrico para a solubilização do urânio contido nele”, explica.
“A concentração do urânio é realizada pelo processo de extração por solventes orgânicos, seguida da separação por precipitação, secagem e estocagem em tambores com concentrado de urânio.”
Projeto pode gerar autossuficiência em urânio
“A produção, a princípio, de [cerca de] 2 mil toneladas/ano de Santa Quitéria tornaria o país autossuficiente na produção de urânio, além de aumentar a segurança de produção, uma vez que haverá duas minas em operação, a de Santa Quitéria e a de Caetité”, aponta.
“Somadas dariam para a operação das duas usinas nucleares de Angra dos Reis mais oito usinas nucleares do porte da usina Angra 2 por um período de 60 anos. E o excedente poderia ser exportado, mantidas as reservas previstas por lei”, conclui.
Fonte: sputniknewsbrasil