A Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina sedia o Encontro Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional nesta quinta-feira (10). Cerca 120 pessoas de 31 cidades vão participar ao longo do dia de sete palestras e uma oficina cujo objetivo é capacitar servidores e conselheiros municipais ligados ao tema para fortalecer as políticas públicas de enfrentamento da fome.
O evento é organizado pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Social e conta com o apoio da Frente Parlamentar de Segurança Alimentar e Nutricional da Alesc. Coordenador de Segurança Alimentar e Nutricional de Santa Catarina, Arthur Rancatti, explicou que o trabalho voltado ao segmento é uma forma de combater a fome. “A importância deste encontro é trazer a política pública para o foco da ação das prefeituras. Vai ter a capacitação de servidores, conselheiros municipais e as câmaras intersetoriais de Segurança Alimentar das cidades”, comentou.
De acordo com ele, as atividades vão permitir que os participantes saibam, por exemplo, como elaborar um plano de segurança alimentar e como fazer o monitoramento. Ações que se unem a outros equipamentos públicos voltados ao setor, como restaurantes populares, hortas comunitárias e os bancos de alimento.
“O Brasil tem cerca de 33 milhões em insegurança alimentar e nutricional e na pandemia isso se agravou. Hoje Santa Catarina está trabalhando não só no Plano de Segurança Alimentar e Nutricional, mas também no Programa Alimenta Brasil com recursos do governo federal para que a gente consiga fazer que os alimentos cheguem nas pessoas que mais necessitam”, assegurou Rancatti.
Reavaliar
Para o deputado Fabiano da Luz (PT), coordenador da Frente Parlamentar de Segurança Alimentar e Nutricional da Alesc, o evento serve também para reavaliar toda a questão da fome. “Estamos chegando em Santa Catarina a praticamente 900 mil pessoas com insegurança alimentar. Isso é 12% da população catarinense. Nós não podemos fechar os olhos para essa população. Temos que reavaliar o que foi feito, o que deu certo”, argumentou.
Segundo o parlamentar, a partir daí será possível criar pautas e linhas de ações para que o Parlamento possa discutir com o novo governo do Estado e com o governo federal quais ações podem ser feitas para que se possa reduzir o número de pessoas que sofrem com a fome e a falta de alimentos.
O deputado avaliou também que o encontro é uma oportunidade de criar novas pautas para a Frente Parlamentar trabalhar na próxima legislatura (2023 a 2026). “Se há tantas pessoas vivendo essa situação, nós aqui na Assembleia Legislativa temos esse compromisso, essa obrigação, de fazer alguma coisa por elas e trazer mais dignidade para a população”, concluiu.
Programação
9h30 – 10h30: Reconhecer e enfrentar a fome: os desafios para SC – Murilo Lyra – UFSC
10h30 – 11h: Relatório de Atividades da Coordenadoria de SAN SC – Arthur Rancatti | CSAN
11h – 11h30: O que é o SISAN e como aderir – Sirlei de Gois da Silveira | CSAN
11h30 – 12h: Programa Alimenta Brasil – Naianne Hoffmann | CSAN
12h – 12h30: Programa Lixo Zero SDS – Juliana Menezes | CSAN
14h – 14h30: CONSEA SC – Presidente Irene Kazue Shimomura
14h30 – 15h: Frente Parlamentar de SAN – Marcel Fabrizio Salomon
15h – 16h30: Oficina – Como montar e monitorar o Plano Municipal de SAN – Mick Machado e Milena Martins | TearSAN
16h30 – 17h: Encerramento – Arthur Rancatti | CSAN
Agência AL
