Pouco menos de três meses após a retirada dos soldados franceses do Mali, o presidente da França, Emmanuel Macron, anunicou nesta quarta-feira (9) o fim da Operação Barkhane. Segundo o Palácio do Eliseu, Macron quer definir novas prioridades que a partir de agora vão reger as intervenções militares em África, relata a BBC.
Ao mesmo tempo, a mídia afirma que cerca de 3.000 soldados franceses permanecerão no Níger, Chade e Burkina Faso – mas não agirão de forma independente, apenas em ações coordenadas com os exércitos nacionais.
Significativamente, essa implantação contínua não terá nome oficial, indicando que não é mais uma “operação externa” como Barkhane era. A crescente hostilidade contra a França entre as populações locais – espalhadas pelas mídias sociais e desinformação generalizada – tornou a tarefa ingrata e perigosa, diz a BBC.
Outros fatores externos também forçaram a repensar em Paris. O conflito na Ucrânia mostrou que há prioridades estratégicas à porta da própria França, e que recursos militares limitados podem ser melhor direcionados para outro lugar do que em uma guerra perdida na África.
A Operação Barkhane tinha como intuito ser antiterrorista e teve começo em 1 de agosto de 2014 na região do Sahel no África. A missão foi projetada para cinco países africanos – e ex-colônias francesas – abrangendo todo o Sahel: Burkina Faso, Chade, Mali, Mauritânia e Níger.