Segundo Szijjarto, a Hungria vem dando apoio à Ucrânia e continuará a fazê-lo, mas se opõe a qualquer acordo em que o financiamento seja compartilhado com outros Estados-membros da UE.
No domingo (6), a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou que apresentará um novo pacote de ajuda financeira à Ucrânia para 2023 no valor de US$ 17,8 bilhões (R$ 89,4 bilhões).
O plano envolve usar o orçamento da UE como garantia para arrecadar fundos para Kiev, artifício que exige mudança de regras com apoio unânime dos 27 membros.
© AP Photo / Jean-Francois BadiasA bandeira europeia (à direita e à esquerda) em Estrasburgo, no leste da França, em 9 de setembro de 2022
A bandeira europeia (à direita e à esquerda) em Estrasburgo, no leste da França, em 9 de setembro de 2022. Foto de arquivo
© AP Photo / Jean-Francois Badias
A Hungria já apoiou, anteriormente, a decisão da UE de compartilhar dívidas para financiar a recuperação do bloco após a pandemia de COVID-19, mas ainda não recebeu sua parte devido a reclamações contra sua legislação.
Em meados de setembro, a Comissão Europeia propôs ao Conselho da UE a introdução de um mecanismo de condicionalidade no orçamento do bloco para a Hungria. O objetivo era “garantir a proteção do orçamento da UE e de seus interesses financeiros contra violações do Estado de direito na Hungria”.
Isso significaria congelar cerca de 7,5 bilhões de euros (R$ 38,47 bilhões) de financiamento da UE para Budapeste, no primeiro caso na história do bloco desde que o mecanismo de condicionalidade foi criado, há dois anos, para proteger o orçamento comunitário de corrupção.