Carnes: País perde competitividade com preço de embalagem, energia e frete


Carnes: País perde competitividade com preço de embalagem, energia e frete

CARNE BOVINA -Paulo Whitaker – 7.out.11 Reuters

Estudo do setor de proteína animal mostra que a cadeia produtiva, principalmente frango e suíno, tem dificuldades para se manter em elevados patamares de competitividade em relação a outros mercados. Levantamento da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), com a consultoria Agroicone, mostra, por exemplo, que o custo do polietileno, que representa 70% dos custos de embalagem, aumentou 61% entre 2018 e 2021.

 

“Em comparação com os demais países, o preço no Brasil tem se mantido em altos níveis”, indica o documento. No caso da energia elétrica, a alta foi de 32%, em média, no período, o que “colocou o País em situação desvantajosa frente a outros competidores globais”, como Estados Unidos e alguns países da Europa.

Na logística, os fretes internacionais quase duplicaram no período, saltando de US$ 3,8 mil para mais de US$ 7 mil. Segundo as entidades, atualmente mais de 80% do comércio internacional é transportado por navios. Hoje, há suspensão e reorganização de rotas marítimas, menor disponibilidade de navios, falta de espaço nos navios e menor disponibilidade de contêineres. A conjuntura acaba pressionando as margens do setor.

O documento destaca, ainda, que dos acordos comerciais que o Brasil tem com outros países, “quase todos” não contemplam as carnes de frango e suína. Atualmente, o País tem acordo com 12 países (Paraguai, Uruguai, Argentina, Egito, México, Botsuana, Lesoto, Namíbia, África do Sul e Essuatíni. “A falta (dos acordos) faz com que o País perca competitividade”, diz o estudo (Broadcast, 5/8/22)

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