Em meados de outubro, foi noticiado que a administração do presidente dos EUA, Joe Biden, estava estudando a possibilidade de proibir a importação de alumínio russo como parte das sanções relacionadas à operação especial na Ucrânia.
A Casa Branca está considerando três opções: proibição direta de fornecimento, um forte aumento nos impostos e sanções contra a empresa de produção de alumínio United Co. Rusal International PJSC. No entanto, de acordo com Busch, tal medida poderia prejudicar Washington mais do que Moscou.
“Em vez disso, a proibição poderia desencadear a introdução de tarifas antidumping e taxas de retaliação, agravando a crescente inflação que os americanos enfrentam atualmente”, aponta o professor.
A indústria dos EUA consome cerca de 15% do alumínio russo anualmente, uma vez que as usinas americanas não conseguem lidar com o “apetite” do país.
Ao longo dos anos, a demanda só aumentará, por isso a imposição de tais sanções seria desvantajosa para os EUA. Busch enfatizou que a escassez de alumínio pode ter sérias consequências.
Anteriormente, Rusal e outras empresas russas disseram que a proibição desestabilizaria os mercados de metais em todo o mundo. Rússia é a segunda maior produtora mundial de alumínio, depois da China, que é crucial para a maioria das indústrias pesadas.
Somente nos EUA, os suprimentos russos tradicionalmente representam cerca de 10% do total de importações de alumínio, com dados mostrando que a Rússia foi a terceira maior exportadora para os EUA em agosto.