“Eu estou feliz demais”. A frase é repetida várias vezes por Biel do Funduncinho, durante os minutos em que bate um papo com a reportagem do Metrópoles, para falar sobre o atual momento da carreira. Nascido e criado em Madureira, Zona Norte do Rio de Janeiro, Gabriel Florêncio Peixoto começou a trabalhar como DJ em 2012, com apenas 14, e hoje, aos 24, é um dos artistas mais tocados do Brasil com Ai, Preto, parceria dele com L7nnon.
“Era pra ser nossa primeira música, minha e do L7, mas a gente não curtiu muito a ideia e partiu pra outra, a Sei Que Tu Gosta Muito. Deu 100 milhões de streams contando com tudo, YouTube, Spotify… Aí a gente decidiu lançar Ai, Preto, chamou a Bianca pra somar e tudo fluiu”, conta Biel.
0
Se ainda havia dúvidas o potencial do hit, elas deixaram de existir em setembro, quando o headline do primeiro final de semana do Rock in Rio, Jason Derulo, dançou o hit nos minutos finais de seu show. No segundo final de semana do festival foi a vez de Camila Cabelo convidar Biel, L7nnon e Bianca ao palco para performar a canção.
“Estar no palco com a Camila Cabello, ver o Jason Derulo dançando…. Eu fiquei feliz demais, sem acreditar. Me deu mais animo a mais, foi a prova de que se a gente trabalhar as coisas acontecem. Eu esperava que Ai, Preto fosse fazer sucesso porque a música é boa, mas nunca imaginei que ela ia chegar onde chegou”, diz ele, que já trabalhou como camelô e, atualmente, tem uma vida confortável financiada pela música.
Em meio a tantas conquistas, Biel prefere não lamentar intempéries como o recente assalto à mão armada que sofreu no Rio de Janeiro, no início do mês, e o atentado com tiros à van de sua equipe, no último dia 10: “Foi complicado passar por isso tudo aí, mas eu sei que não são só coisas boas que vão acontecer comigo daqui pra frente. Isso daí eu já sei pelo tempo de caminhada que eu tenho, então não abalou nada. Eu já passei por muita coisa. Graças a Deus foi um livramento, ninguém saiu ferido e a Justiça está resolvendo”.
Novo EP
Biel quer aproveitar atual momento do funk, com fusão do gênero com outros ritmos e expansão internacional, para investir mais na carreira. “Está sendo uma mistura muito boa, a galera do trap está cantando em cima da batida do funk, o gênero está chegando em lugares que ninguém acreditava… e fazer parte desse momento me deixa feliz demais”, garante
O próximo passo é lançar um EP em novembro, com várias participações especiais, as quais ele prefere manter em segredo. “Eu ainda não posso falar, mas vai ser um álbum muito a minha cara, a cara da favela, da comunidade, que é o que o funk tá precisando”, diz. “Pode aguardar que esse EP vai vir aí pra fazer barulho”, conclui.