“Temos sido muito claros: nada sobre a Ucrânia sem a Ucrânia,” disse à imprensa na segunda-feira (24) a secretária da Casa Branca Karine Jean-Pierre, acrescentando que “esta é uma decisão que o presidente [Vladimir] Zelensky vai ter que tomar quando chegar a hora de qualquer tipo de conversação com a Rússia, qualquer tipo de negociação”.
O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, John Kirby, afirmou ontem (24) também que os ucranianos devem fazer parte de qualquer negociação futura.
“Não vamos ter conversações com a liderança russa sem que os ucranianos sejam representados”, disse Kirby citado pelo Washington Post.
Kirby observou que a administração Biden “aprecia as preocupações muito ponderadas [dos legisladores]”, enquanto Jean-Pierre admitiu que não tinha visto a carta.
Na segunda-feira (24) em uma mensagem à Casa Branca, a presidente da bancada progressista do Congresso (comité progressivo congressional), Pramila Jayapal, referiu “a destruição” da Ucrânia, ameaça de guerra nuclear e a turbulência econômica vivida na Europa como razões para buscar um acordo negociado.
Na carta reconhecia-se que a decisão final sobre quando retornar à mesa de negociações continua sendo da Ucrânia. No entanto, ela concluía instando Biden a abrir “negociações diretas com a Rússia”, sem sugerir que tipo de compromissos os legisladores acham que a Ucrânia deve fazer para a paz.
Anteriormente o presidente da Ucrânia Vladimir Zelensky disse que nunca negociaria com a Rússia enquanto Putin estiver no poder, e prometeu recuperar as quatro antigas regiões ucranianas que recentemente se juntaram à Rússia, bem como a Crimeia que votou para fazer parte da Rússia em 2014.