Japão e Austrália firmam novo acordo de cooperação militar de ‘alinhamento estratégico’


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O Japão e a Austrália assinaram no sábado (22) um acordo de segurança bilateral em meio ao que afirmam ser um “cada vez mais duro ambiente estratégico”, escreve a agência norte-americana Associated Press.
O acordo foi oficializado na ocasião do encontro entre Fumio Kishida e Anthony Albanese, primeiros-ministros do Japão e da Austrália, respetivamente em Perth, Austrália. Trata-se de uma atualização da Declaração Conjunta para a Cooperação em Segurança de 2007, que se segue a um acordo bilateral assinado em janeiro de 2022 entre Kishida e o então premiê australiano Scott Morrison e que permite que cada um dos países realize exercícios militares no outro.
Soldados do Exército de Libertação da China marcham durante a parada militar em homenagem aos 70 anos da vitória na Segunda Guerra Mundial, Pequim, 3 de setembro de 2015 - Sputnik Brasil, 1920, 04.10.2022

Segundo os termos do novo acordo, a Força de Autodefesa do Japão treinará e realizará exercícios com os militares da Austrália no norte do país. As duas nações concordaram em aumentar a cooperação em apoio logístico, de inteligência e informação, mas também assinaram acordos de cooperação em segurança energética e mineração.
“Esta declaração histórica envia um forte sinal para a região de nosso alinhamento estratégico”, sublinhou Albanese, enquanto Kishida declarou que ela “traçará a direção de nossa cooperação em segurança e defesa nos próximos dez anos”.
Além disso, o comunicado conjunto de Camberra e Tóquio condenou a operação militar especial da Rússia na Ucrânia.
Os dois países têm respondido negativamente ao que afirmam ser a crescente assertividade da China e aos vários acordos que Pequim tem firmado com países do Pacífico Sul.
A Austrália e o Japão, junto com os EUA e a Índia, participam desde 2007 do Quad, um acordo de segurança militar considerado como tendo o objetivo implícito de contrariar a China. Em 2021 a Austrália também acordou com os EUA e o Reino Unido um plano de aquisição de submarinos nucleares, uma ação que levou a preocupações de proliferação nuclear.
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