Chefe da Marinha dos EUA prevê que China pode invadir Taiwan em menos de 2 anos, diz mídia


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O chefe de operações navais, almirante Mike Gilday, disse que os EUA precisam considerar que a China pode agir contra Taiwan muito mais cedo do que as advertências mais pessimistas preveem, de acordo com o Financial Times (FT).
O debate nos EUA sobre quando a China pode invadir Taiwan se intensificou desde que o almirante Philip Davidson, então chefe do Comando Indo-Pacífico, disse ao Congresso no ano passado que os militares chineses poderiam agir contra Taiwan antes de 2027, um alerta que foi recentemente intensificado pelas autoridades do país.
“Quando falamos sobre a janela de 2027, em minha mente deve ser uma janela de 2022 ou potencialmente uma janela de 2023”, disse Gilday ao Conselho do Atlântico na quarta-feira (19). “Não quero ser alarmista […] é apenas que não podemos descartar isso.”
Os comentários de Gilday vieram dois dias depois que o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse que a China estava “determinada a buscar a reunificação em um cronograma muito mais rápido” depois de decidir que o status quo na questão de Taiwan “não era mais aceitável”. Pequim tem alertado Washington reiteradas vezes a não encorajar forças pró-independência.
Soldados chineses na praça Tiananmen, em Pequim, China, 5 de março de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 19.10.2022

Na abertura do 20º congresso do Partido Comunista Chinês no domingo (16), o presidente Xi Jinping criticou os EUA por apoiarem Taiwan ao acusar “forças externas” de exacerbar as tensões no estreito de Taiwan.
Ressaltando a crescente preocupação com a atividade militar chinesa perto de Taiwan, que aumentou após a visita da presidente da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi, a Taipé em agosto, Joe Biden já alertou a China de que os EUA interviriam para defender Taiwan em caso de ataque.
Apesar de alguns analistas terem dito ao FT que a especulação soa irresponsável, o Congresso norte-americano vai votar em breve legislação que financiaria a alocação de armas para Taipé. O projeto de lei de gastos com defesa autoriza US$ 10 bilhões (cerca de R$ 52,7 bilhões) ao longo de cinco anos no que seria o primeiro caso dos EUA financiando vendas de armas para Taiwan. Taipé já pagou anteriormente por armas americanas que foram aprovadas para venda por Washington.
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