O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, prorrogou, na terça-feira (18), por mais 60 dias um inquérito no âmbito da Lava Jato contra o senador Renan Calheiros (MDB-AL) e o ex-senador Romero Jucá (MDB-RR).
Fachin atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que pediu mais tempo para concluir a investigação.
“Remetam-se imediatamente os autos à Polícia Federal, a quem concedo o prazo adicional de 60 dias para o implemento das diligências. Pontue-se que as eventuais petições posteriores devem ser analisadas na forma de expediente avulso, de modo a não postergar o cumprimento das deliberações e o incontinente envio dos autos, aos quais, desde logo, atribuo prioridade”, decidiu Fachin.
De acordo com o ministro do STF, o MPF sugeriu “novas diligências em suas manifestações, tudo a sinalizar a compatibilidade de seu proceder com as balizas jurisprudenciais relativas à interpretação do valor constitucional da duração razoável do processo”.
Renan e Jucá são investigados por suposto pagamento de propinas de R$ 5 milhões da Odebrecht em troca de apoio à aprovação de uma MP que estabeleceu um regime de tributação vantajoso ao grupo da empreiteira.
Os dois negam as irregularidades apontadas.