Presidente de clube criticou roupa de Seu Jorge após caso de racismo


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Após o cantor Seu Jorge ser alvo de ataques racistas durante um show em Porto Alegre, um áudio atribuído a Paulo José Kolberg Bing, presidente do clube Grêmio Náutico União (GNU), onde o evento aconteceu em 14 de outubro, começou a circular nas redes sociais.

Na gravação, Paulo teria dito que ficou chocado com a roupa que Seu Jorge usava para a apresentação. “Ele chegou com aquele moletom não sei porque, meio que dissociado ao clima do evento”, teria apontado ele no áudio.

Paulo Bing também teria dito que o cantor fez um sinal de “L”, gesto em referência ao candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mesmo sabendo que era proibido: “Ele concordou, assinou, ficou bem claro que era completamente vedada qualquer apologia política durante o show dele”.

Ouça: 

Na suposta gravação, Bing ainda diz que não viu nada relacionado a racismo no evento. “Eu que estava bem pertinho ali, eu não vi nada. Eu vi que houve um incidente e, depois de um certo momento no palco, eu o vi sair e não se apresentar mais. Não cumpriu a cláusula contratual e fez um gesto político”, aponta.

Por fim, Bing diz que Seu Jorge foi visto fumando “outra substância” no palco, mas deixou claro que os acusados de atos racistas serão responsabilizados: “Se houve racismo, nós também não vamos poder tolerar isso.”

A diretoria do clube não respondeu o contato do jornal Folha de S. Paulo sobre a autenticidade do áudio, mas o próprio Bing disse para uma rádio local que falou sobre a roupa do cantor e que sua manifestação é de “cunho restrito à diretoria”.

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Vídeo do momento

A Polícia Civil divulgou um vídeo do momento em que o cantor Seu Jorge teria sofrido ataques racistas durante o encerramento de um show em Porto Alegre, na última sexta-feira (14/10).

A delegada Andrea Mattos, titular da Delegacia de Polícia de Combate à Intolerância, afirmou ser possível ouvir nas imagens o momento em que alguém grita “macaco”. Além disso, algumas pessoas teriam imitado o animal.

Veja:

O caso está nas mãos da Delegacia de Polícia de Combate à Intolerância (DPCI), do Departamento Estadual de Proteção aos Grupos Vulneráveis (DPGV), que tenta entender o que aconteceu no show do cantor.

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