Salão do Automóvel: comida está cara? Tem fila? Tudo que você precisa saber


Ele está de volta! Depois de sete anos, o Salão do Automóvel volta a dar as caras em São Paulo. Apesar de estar menor e não contar com a presença de algumas marcas tradicionais, o evento está movimentando a capital paulista com 26 fabricantes e outras 18 exposições temáticas, além de várias ativações. Aliás, o primeiro dia aberto ao público teve ingressos esgotados.

Autoesporte acompanhou a abertura oficial do Salão do Automóvel de São Paulo, que aconteceu a partir das 12h do último sábado (22), e agora conta como funciona a logística, qual a melhor maneira de chegar, se as filas atrapalham a experiência e quanto custa passar o dia no maior evento automotivo da América Latina.

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O Distrito Anhembi fica localizado na Avenida Olavo Fontoura, 1.209, em Santana, em São Paulo. Para aqueles que optarem por ir de carro, o evento oferece um estacionamento oficial, mas esteja preparado para desembolsar R$ 80. Também chegue cedo para não precisar passar muito tempo procurando vagas.

Por isso, a maneira mais fácil de chegar ao Salão do Automóvel é usando transporte público. A indicação á estação Portuguesa-Tietê, da linha 1-Azul do metrô. De lá, a organização da exposição oferece um transfer gratuito até os pavilhões. Também é possível estacionar o carro na região e usufruir do transporte grátis.

A frota de 18 ônibus de turismo sai do Estacionamento Tietê, localizado entre a Avenida Cruzeiro do Sul e a Rua Voluntários da Pátria. Nossa reportagem realizou o trajeto para chegar ao Anhembi. Vale dizer que a equipe de segurança da estação soube dar as indicações referentes à saída correta para o estacionamento, onde já encontram-se pessoas com coletes indicando “apoio ao turista”.

Quando chegamos por lá, um ônibus tinha acabado de sair. Logo outras pessoas foram chegando e a fila ficou quilométrica. Mesmo assim, o tempo médio de espera para entrar no transporte é de 15 minutos.

Autoesporte conversou com algumas pessoas que estavam na fila. Nelson Araújo afirmou ter esperado em média cinco minutos para que a fila começasse a andar com a chegada do próximo ônibus e elogiou a organização: “desde a saída do metrô já tem gente orientando. A gente chega aqui de boa, sem incomodação e com segurança plena”.

o ônibus é confortável e o trajeto até o local da exposição dura aproximadamente dez minutos, a depender do trânsito. Mas claro, deve-se considerar que pegamos o ônibus em um sábado de feriado prolongado por volta das 12h30.

Outra observação é que parte da Avenida Olavo Fontoura, a mesma do pavilhão, está interditada por conta da corrida da Fórmula E programada para o dia 6 de dezembro. Logo, prepare-se para um trânsito mais complicado em dias úteis.

Também há um ponto de embarque e desembarque na frente da entrada do Salão do Automóvel para aqueles que optarem por ir ao evento via aplicativo de transporte.

Conseguir olhar todos os estandes e os carros em exposição vai exigir algum planejamento. Fora isso, algumas fabricantes promovem ativações diferentes ao público. No espaço da Toyota, por exemplo, há um simulador de corridas, enquanto no estande da Renault há uma mesa de pebolim. Na exposição da Fiat, uma ativação inspirada na série americana Stranger Things gerou um certo movimento, já que a produção da Netflix inspirou uma edição limitada do Pulse. Além disso, diversas marcas oferecem brindes aos visitantes. Espere encontrar filas em todas as ações.

O grande destaque entre as atrações, porém, é o espaço de test-drive. Diferentemente dos salões anteriores, que disponibilizavam um espaço externo para a atividade, neste ano a pista é fechada e fica dentro do pavilhão. Por lá, algumas fabricantes disponibilizam carros para que o público dirija em um circuito que tem duração média de 15 minutos. São duas voltas e o percurso inclui espaço para baliza.

É importante mencionar, porém, que nem todo mundo vai conseguir dirigir. Isso porque cada fabricante oferece um número limitado de testes por dia e a pulseira que valida a participação na atividade é distribuída nos próprios estandes. Na frente da pista, há uma placa indicando as instruções de participação.

Antes de fazer o test-drive, os visitantes passam por um rápido treinamento referente às regras da atividade e são submetidos ao teste do bafômetro. É necessário apresentar uma via da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e entregar um termo de responsabilidade. Ainda que a organização esteja impecável, o único defeito é não poder acelerar fundo, já que a média de velocidade é de 20 km/h.

Autoesporte fez o test-drive no Avatr 11. O SUV chinês está em pré-venda no Brasil, tem mais de 500 cv de potência, portas sem molduras, acabamento interno de luxo, teto panorâmico, central multimídia gigante e até uma tela interativa para o passageiro ao lado.

Também dirigimos a Ram 1500 Laramie em um outro circuito na mesma pista, desta vez, voltado ao off-road. Assim, simula terrenos inclinados e danificados, mas sem um grão de terra. Para esse percurso, a lista de carros disponíveis é mais limitada.

Também acompanhamos clientes na voltinha. Thiago Belamini, por exemplo, dirigiu o Peugeot 208 GT. Belamini veio do interior de São Paulo com a namorada e um amigo para o evento. “Eu acho que o test-drive cobre duas frentes. Uma é a de pessoas que já entendem do assunto e tem apreço pelos carros. Já para quem não tem tanta experiência, eu acho que o Salão do Automóvel contribui para abrir o leque de opções e o conhecimento do pessoal que não tem tanta experiência com os carros”.

Durante nossa visita, havia uma fila considerável para o test-drive. Logo, é bom reservar pelo menos meia hora de espera, além do tempo necessário para o treinamento e a experiência de direção, em si.

As pessoas ouvidas por nossa reportagem esperam ver carros esportivos, além de novidades tecnológicas. Alguns entrevistados ressaltaram o interesse em conhecer os lançamentos de Honda e Hyundai, além de carros elétricos, mas comentaram sentir falta de fabricantes mais tradicionais no evento.

Carlos Souza (61), Flávio Ispinosa (60) e Wellington Vaconcelos (48) vieram de Brasília para São Paulo só para ir ao Salão do Automóvel. Os três já participaram de diversas edições do evento e, indo contra a maioria, estavam interessados em conferir os carros elétricos e híbridos em exposição.

“Nós já estamos no mundo elétrico, e além de saber dessas atualizações, eu quero conhecer o novo Geely, que lá fora é o Starship 7″, conta Vasconcelos. Por aqui, o SUV híbrido será lançado como EX5 EM-i. “O brasileiro ainda tem muito essa coisa retrógrada,de só gostar de carros a combustão, mas é uma novidade que eu acho que é a tendência”, comenta Ispinosa.

Parte importante no planejamento para ir ao evento, os gastos com o Salão do Automóvel estão além dos ingressos, que custam a partir de R$ 63 reais (meia-entrada) e chegam à R$ 640 na opção VIP, que dá acesso à um lounge exclusivo com carros superesportivos.

Além do valor que se deve desembolsar para utilizar o estacionamento, a alimentação no evento não é das mais baratas. Nossa reportagem fez uma pesquisa de preços em alguns dos restaurantes disponíveis e encontrou alguns valores que vão desde picolé por R$ 26 e até uma fatia grande de pizza por R$ 45.

Também encontramos cachorro-quente simples a partir de R$ 33 e hambúrgueres no estilo “pão, carne e queijo” por R$ 40. Quanto às bebidas, os preços são padronizados em todos os restaurantes. Refrigerantes (350 ml) e cerveja (269 ml) custam R$ 15, enquanto a garrafa de água de 500 ml sai por R$ 10.

É importante mencionar que há bebedouros próximos às entradas e ao lado dos banheiros. Estes, por fim, não são químicos e têm boa estrutura. Vimos equipes de limpeza a todo momento na área. O único problema é que, ao longo do dia, pode ser necessário enfrentar filas nesses espaços.

O Salão do Automóvel 2025 vai até o dia 30 de novembro.

Distrito Anhembi, Av. Olavo Fontoura, 1.209 – Santana, São Paulo (SP).

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Fonte: direitonews

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