Por Philip Blenkinsop
BRUXELAS (Reuters) – Ministros da União Europeia buscarão nesta segunda-feira que as autoridades comerciais dos Estados Unidos apliquem mais do acordo comercial de julho entre os dois, reduzindo as tarifas dos EUA sobre o aço da UE e removendo-as de produtos da UE como vinho e bebidas alcoólicas.
O secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, e o representante de Comércio, Jamieson Greer, iriam se reunir com os ministros da UE responsáveis pelo comércio por 90 minutos em sua primeira viagem a Bruxelas desde que assumiram o cargo.
Antes dessa reunião, os ministros europeus se encontraram para discutir questões comerciais urgentes, incluindo as restrições chinesas às terras raras e à exportação de chips.
O comissário europeu de Comércio, Maros Sefcovic, disse que não espera nenhum avanço imediato com os norte-americanos.
“Acho que hoje não se trata de negociações. Trata-se de um exercício de avaliação. E acho que isso também tem a ver com a avaliação política das relações bilaterais entre a UE e os EUA”, disse ele.
Segundo o acordo do final de julho, os Estados Unidos estabeleceram tarifas de 15% sobre a maioria dos produtos da UE, enquanto a União Europeia concordou em remover muitas de suas tarifas sobre as importações dos EUA.
Isso pode acontecer somente em março ou abril, já que é necessária a aprovação do Parlamento Europeu e dos governos da UE, o que segundo diplomatas da UE exasperou Washington.
No entanto, ao mesmo tempo em que insiste que o processo está em andamento, o bloco de 27 nações também está apontando os itens acordados nos quais deseja ver progresso, principalmente o aço e o alumínio.
Os Estados Unidos têm uma tarifa de 50% sobre os metais e, desde meados de agosto, aplicam essa taxa ao conteúdo de metal em 407 produtos “derivados”, como motocicletas e geladeiras. Mais derivados podem ser adicionados no próximo mês.
Diplomatas da UE afirmam que essas ações, juntamente com a perspectiva de novas tarifas sobre caminhões, minerais essenciais, aviões e turbinas eólicas, ameaçam esvaziar o acordo de julho.
(Reportagem de Philip Blenkinsop)
Fonte: noticiasagricolas






