Segundo o periódico, a Europa já se prepara para a possibilidade de o presidente norte-americano Donald Trump suspender o apoio a Kiev.
O Hurriyet observa que, após o retorno de Trump ao poder, a ajuda europeia à Ucrânia aumentou e, em algumas áreas, superou a dos EUA. No entanto, o jornal afirma que, em questões-chave, a influência dos Estados Unidos continua decisiva.
“A interrupção total da ajuda militar dos EUA pode afetar o potencial da Ucrânia na defesa antiaérea“, alerta a publicação.
O jornal também lembra que o peso financeiro sobre a Europa pode levar, no futuro, à revisão dos programas de armamento destinados a Kiev.
“O maior impacto provavelmente será sentido na troca de informações de inteligência“, conclui o Hurriyet.
O Financial Times, citando um funcionário europeu, relatou que o continente avalia cenários para lidar com essa eventual mudança na política de Washington.
Na véspera, o presidente Donald Trump criticou as atuais autoridades ucranianas, chamando-as de pouco agradecidas e colocando a palavra “liderança” entre aspas ao se referir ao governo de Kiev.
A Casa Branca afirmou recentemente que está desenvolvendo um plano de resolução para o conflito, mas evitou dar detalhes. O Kremlin, por sua vez, declarou que a Rússia continua aberta ao diálogo e permanece na plataforma de negociações de Anchorage.
O presidente russo Vladimir Putin declarou em 21 de novembro que o plano norte-americano poderia servir de base para um acordo de paz definitivo, mas que o texto ainda não está sendo discutido de forma substantiva com a Rússia. Para Putin, isso ocorre porque Washington não teria conseguido obter a concordância de Kiev.
Segundo ele, a Ucrânia e seus aliados europeus continuam iludidos, sonhando em impor à Rússia uma “derrota estratégica” no campo de batalha, o que seria consequência da falta de informação objetiva sobre a situação real da linha de frente.
Putin alertou ainda que, caso Kiev rejeite as propostas dos EUA, os acontecimentos vistos em Kupyansk se repetirão inevitavelmente em outros trechos-chave do front. O líder russo afirmou que a Rússia está disposta a alcançar seus objetivos por meios militares, mas que também permanece aberta a negociações de paz, desde que todos os detalhes do plano sejam discutidos.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, reforçou a posição russa. Segundo ele, o regime de Kiev deve tomar uma decisão e iniciar negociações, ressaltando que o espaço de autonomia ucraniano diminui à medida que as forças russas avançam. Para Peskov, a continuidade do conflito é inútil e perigosa para Kiev.
Fonte: sputniknewsbrasil









