“Os estudos não só revelam os principais mecanismos por trás das origens dos raios cósmicos, mas também melhoram o nosso entendimento dos processos físicos extremos de sistemas de buracos negros”, disse Cao Zhen, pesquisador principal do LHAASO e acadêmico da Academia Chinesa de Ciências (CAS, na sigla em inglês).
Os raios cósmicos são partículas carregadas do espaço sideral, compostas principalmente por prótons. A origem dos raios cósmicos é uma das questões mais importantes na moderna astrofísica.
O buraco negro puxa para si o material da estrela e ejeta pequenos jactos de partículas, que são dispersas quase à velocidade da luz. Uma equipa que trabalha no LHAASO registou radiação gama de ultra-alta energia a partir de cinco desses sistemas.
Micro-quasars are stellar-mass black holes within the Milky Way. The Large High Altitude Air Shower Observatory (LHAASO) has, for the first time, revealed that these objects are a class of ultra-high-energy gamma-ray sources in our galaxy. pic.twitter.com/OtP8jUkbxs
— CGTN (@CGTNOfficial) November 17, 2025
O sistema SS 433 foi particularmente revelador: cálculos mostraram que a energia dos prótons lá excede 1 petaelétron volt (PeV), e cada segundo de radiação é comparável em potência à explosão de aproximadamente 400 trilhões de bombas de hidrogênio. Para os astrofísicos isto é uma alusão direta – são precisamente tais objetos que são capazes de fazer acelerar as partículas a níveis correspondentes ao misterioso “joelho” no espectro energético dos raios cósmicos.
Os autores do estudo apontam que os microquasares podem ser uma das principais fontes dos raios cósmicos mais intensos na Via Láctea e uma chave para a compreensão da física extrema dos buracos negros.
Fonte: sputniknewsbrasil







