Sistema Solar pode estar se movendo através do Espaço mais rápido do que o esperado, diz estudo


Os astrónomos descobriram que o Sistema Solar pode estar se movendo através do cosmos três vezes mais rápido do que foi anteriormente teorizado. A descoberta pode ter implicações para o modelo padrão da cosmologia, nosso melhor modelo atual para explicar a estrutura, a composição e a evolução do Universo. A pesquisa foi publicada na revista Physical Review Letters.
A equipe por trás dessa pesquisa usou a rede de radiotelescópios Low Frequency Array (LOFAR) e dois outros radiotelescópios para mapear a distribuição das radiogaláxias, que eles então usaram para medir o movimento do Sistema Solar. As radiogaláxias são galáxias que emitem ondas de rádio invulgarmente fortes a partir de “lóbulos” que se estendem muito para além da estrutura visível de suas estrelas, escreve o Space.com.
A galáxia Y1 brilha em vermelho intenso devido à poeira aquecida por novas estrelas - Sputnik Brasil, 1920, 12.11.2025

As radiogaláxias são particularmente úteis porque as ondas de rádio têm comprimentos de onda suficientemente longos para “deslizarem” através do gás cósmico e da poeira em vez de serem absorvidas, como acontece com outras formas de radiação eletromagnética. Na direção do movimento do Sistema Solar, espera-se observar um ligeiro aumento no número dessas galáxias, mas a diferença é tão sutil que apenas instrumentos de extrema sensibilidade conseguem detectá-la.

“Nossa análise mostra que o Sistema Solar está se movendo mais de três vezes mais rápido do que os modelos atuais preveem”, disse o líder da equipe, Lukas Bohme, da Universidade de Bielefeld, em um comunicado. “Este resultado contradiz claramente as expectativas baseadas na cosmologia padrão e nos obriga a reconsiderar nossas suposições anteriores.”

A medição da equipe revelou uma disparidade na distribuição das radiogaláxias, uma anisotropia, que foi 3,7 vezes superior ao previsto pelo modelo padrão da cosmologia, que descreve a evolução do cosmos desde o Big Bang.
Estes resultados estão em linha com observações infravermelhas anteriores de quasares, alimentando buracos negros supermassivos que brilham intensamente devido a vastas emissões de energia do material que rodeia o buraco negro. A correlação entre essas duas linhas de pesquisa separadas sugere que esse não é um erro, mas reflete uma característica real do Universo.
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Fonte: sputniknewsbrasil

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