Bezerro de desmama lidera altas de até 6,9% e reforça firmeza do mercado de reposição em São Paulo


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O mercado de reposição em São Paulo manteve o ritmo aquecido na última semana, com valorização em todas as oito categorias de bovinos anelorados acompanhadas pela Scot Consultoria. A firme demanda e a menor oferta de animais sustentam o movimento de alta. O destaque ficou para o bezerro de desmama, cuja cotação subiu 6,9% em relação à semana anterior, seguido pelo garrote (6,5%), bezerro de ano (4,1%) e boi magro (0,1%).

O Indicador do Bezerro no Mato Grosso do Sul acompanhado pelo Cepea registrou um leve ganho na última semana de 0,07%, em que saiu de R$ 2.932,31/kg na segunda-feira (27) para o valor de R$ 2.934,47/kg. É importante destacar que as referências tiveram uma queda ao longo da semana, mas conseguiram recuperar os valores.

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Preços do bezerro na semana de 27/10 a 31/10 | Informações do Cepea

De acordo com a Scot Consultoria, apesar de a menor valorização ter sido registrada para o boi magro, essa é a categoria mais procurada no momento. “A alta moderada reflete a queda de braço entre os preços pedidos pelos vendedores e os que os compradores estão dispostos a pagar”, destacou a Scot em seu boletim semanal. 

A Scot consultoria ainda destacou que muitos compradores têm buscado essa categoria em outros estados, para reposição de seus lotes. Para as fêmeas aneloradas, na comparação semana a semana, a cotação da vaca boiadeira foi a que apresentou a maior alta (5,2%), seguida pela novilha (2,3%), pela bezerra de desmama (1,8%) e pela bezerra de ano (0,3%).

A compra do boi magro (12,5@) abaixo de R$350,00/@ tem se tornado cada vez mais difícil, com pedidos podendo superar esse valor. Nesta semana, a maior parte das negociações foi fechada em torno de R$345,00/@.

Para a próxima semana, o mercado deve seguir firme, sustentado por condições climáticas mais favoráveis (detalhes na página de clima) e pela arroba do boi gordo em alta, que devem manter as cotações aquecidas. Um ponto de atenção é a existência de entraves nas negociações, que pode abrir espaço para ajustes negativos.

O ágio entre o boi gordo e o bezerro de desmama alcançou um dos maiores patamares já agora em 2025. Ou seja, está ficando cada vez mais difícil para o recriador, para essa reposição. “O cenário deve ficar firme e quando analisamos  já vemos uma reposição um avanço média de 30% no comparativo anual” destacou a analista da Scot Consultoria, Juliana Pila.

Segundo Alcides Torres, da Scot Consultoria, é importante que o pecuarista acompanhe de perto o mercado de cria, já que as cotações estão em alta. Com o retorno das chuvas e a recuperação das pastagens, a tendência é de que a negociação dessas categorias se torne mais difícil nas próximas semanas.

“Tanto para quem precisa comprar bezerro como boi gordo, pois tem como deixar o boi no pasto e engordar. Porém, o que vai estimular esse movimento vai ser a cotação da arroba do boi gordo”, informou Torres. 

Fonte: noticiasagricolas

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