A série “Meu Ayrton por Adriane Galisteu” estreou na HBO Max nesta quinta-feira (06) abordando o relacionamento de um dos casais mais memoráveis dos anos 90. Um dos presentes mais especiais do piloto de F1 para a apresentadora foi um Fiat Uno Mille Electronic 1993, cuja placa traz as iniciais “DRI”. Ela guarda o veículo até hoje em sua garagem.
Este mesmo tema foi abordado recentemente com a estreia da série “Senna” na plataforma de streaming concorrente, a Netflix. Ayrton foi descrito como um namorado romântico e carinhoso que gostava de presentear a apresentadora com flores e chocolates.
Entretanto, registros como os da biografia “Ayrton Senna – O Herói Revelado”, de Ernesto Rodrigues, dão conta de que a família do tricampeão mundial de Fórmula 1 não aceitava muito bem a relação. A própria apresentadora admite que viveu momento de ascensão profissional enquanto namorou com o piloto entre 1993 e 1994.
Em entrevista exclusiva à Autoesporte em 2021, Adriane contou sobre como foi o presente e como é sua relação com o carro. que continua em sua garagem até hoje.
O presente pegou a apresentadora de surpresa. “Ele ficou me olhando e disse: que carro você quer? […] Para ele, era um presente muito simples, mas ele encheu [o carro] de rosas […] e colocou um buquê de flores lindo no capô do carro [na hora de dar o presente]”, seguiu a apresentadora.
Até hoje, todos os carros de Adriane Galisteu trazem as iniciais “DRI” nos três primeiros dígitos da placa. É uma tradição que ela manteve após a morte do piloto em 1994.
O Uno Eletronic foi um dos últimos carros carburados no Brasil. É lembrado pelo uso de ignição eletrônica, com sensores eletromagnéticos de detonação no lugar do distribuidor, para não precisar substituir o carburador por injeção eletrônica. O motor 1.0 Fiasa rendia 56 cv de potência e 8,2 kgfm de torque — mas nem por isso o piloto deixava de se divertir ao volante.
“Eu ficava brava, porque ele queria correr com o meu o carro. Morria de medo dele bater o carro (risos)”. O Uno era sempre guiado por Senna quando o casal saía nos momentos em que o piloto estava no Brasil.
De Ayrton, Galisteu herdou a paixão pelos carros: “Sempre gostei de dirigir. Eu brinco com todo mundo que tive um ótimo professor”, conta a apresentadora, que prefere guiar seus carros no dia a dia do que andar com motorista. Em 2021, o Uno Eletronic 1993 tinha quase 40 mil quilômetros rodados.
“Ninguém roda com ele. Eu só deixo o motorista que trabalha com a gente, de vez em quando, para ir até o posto de combustível ou dar uma volta rápida”, conta. “É um carro muito valioso, eu morro de medo de alguém bater nele, riscarem ou roubarem”, conta.
Por falar em valor, já teve gente que ofereceu pelo Uno R$ 200 mil, mas todas as propostas são sumariamente negadas. “Não vendo de jeito nenhum. (…) O que esse Uno carrega de história, eu não posso repassá-lo”, afirma Galisteu.
De acordo com a apresentadora, a única forma de o Fiat Uno Eletronic 1993 que ganhou de Ayrton Senna sair de sua garagem seria para ir a um museu. “Se houvesse um museu que tivesse a ver com a história do Senna, com todo o cuidado do mundo, eu deixaria [ele ser exposto]”, conclui.
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Fonte: direitonews






