Quando pergunta-se “qual o carro dos seus sonhos?”, a resposta é quase unânime: a grande maioria das pessoas faria de tudo para ter uma Ferrari na garagem. Para 99% (ou mais) daqueles que tem esse sonho, a falta de alguns milhões na conta bancária impedem que se realize tal feito. Mas, já imaginou ter 50 superesportivos da marca italiana na garagem? O empresário americano Phil Bachman chegou perto dessa marca, e agora, sua coleção de 46 veículos da fabricante será leiloada em janeiro de 2026.
A razão para que algo tão precioso e valioso seja desfeito assim? O empresário e também administrador de diversas concessionárias de marcas como Nissan, Jeep, Renault, Ram, Cadillac e DeLorean faleceu em agosto deste ano, aos 88 anos. Assim, a família colocará suas 46 Ferraris à disposição de novos donos e colecionadores a partir do dia 17 de janeiro de 2026, quando todos os modelos irão a leilão em Orlando (EUA), organizado pela Mecum.
Vale dizer que os veículos serão leiloados individualmente e, claro, espera-se lances milionários, apesar de ainda não terem sido reveladas as ofertas mínimas para a aquisição de cada exemplar. Entre os modelos da coleção, encontram-se versões das 365 GTB, Testarossa, 360 Challenge Stradale, 575M Superamerica e Dino.
Também há raridades como duas das 60 unidades produzidas da Ferrari F40 1992 (na confirguração para os Estados Unidos), bem como uma das 55 unidades da F50 1995 vendidas no país. A garagem de Bachman ainda tinha espaço para uma Ferrari Enzo 2003 (400 unidades produzidas) e as últimas configurações americanas de LaFerrari e LaFerrari Aperta.
Um dos grandes destaques vai para um exemplar da Ferrari FXX 2006. Este veículo, diga-se de passagem, faz parte do programa FXX da marca do cavallino rampante, responsável por testar novas tecnologias em carros de laboratório e promover experiências exclusivas para clientes especiais. Essa é uma entre as 30 unidades fabricadas do modelo, sendo a única com a cor amarela de série.
O hiperesportivo traz abaixo do capô nada menos que um motor 6.3 V12 naturalmente aspiradode até 811 cv de potência. O conjunto é aliado a um câmbio automatizado de dupla embreagem com seis marchas, que pode realizar as trocas em apenas 0,1 segundo.
Apesar de se tratar da única FXX com carroceria amarela de fábrica, na coleção de Bachman isso não diferenciava o esportivo dos outros modelos. Os carros da Ferrari com carroceria em tom chamativo de amarelo eram a marca registrada do empresário, que tinha quase todos os veículos da marca nessa cor.
Dentre os veículos que já aparecem em anúncios no site da casa de leilões, alguns destoam ao trazer carroceria no clássico tom de vermelho, além de verde escuro, cinza chumbo e marrom. Também serão leiloados dois Alfa Romeo 8C que pertenciam ao empresário. Nesse caso, sendo um exemplar na versão Spider e outro na Competizione.
Entre as Ferrari já divulgadas, as mais novas são as F12 tdf e a já mencionada LaFerrari Aperta, ambas ano-modelo 2017. Ambas são equipadas com o motor 6.3 V12, mas a segunda é mais potente ao entregar 800 cv a 9.000 rpm. O torque é de até 71,4 kgfm. Na F12 tdf, o propulsor é calibrado para entregar até 781 cv a 8.500 rpm e 71,9 kgfm.
Já a mais antiga da coleção tem 75 anos é uma unidade conversível da Ferrari 166 MM/53 Vignale Spyder. Produzida em 1953, na época oferecia motor 2.0 V12 de apenas 162 cv, aliado a uma transmissão manual de cinco velocidades.
Apesar das mais de sete décadas de vida, a 166 MM/53 não foi o primeiro veículo da marca italiana adquirido por Bachman. A primeira Ferrari da coleção é a 308 GTS Quattrovalvole 1984, que o empresário adquiriu aos 46 anos de idade. Na época, ele era vendedor de carros em Washington e dias antes da compra tinha tido contato com um exemplar do modelo pela primeira vez na vida.
Sob o capô, Bachman pôde disfrutar de um propulsor 3.0 V8 aspirado a gasolina de até 237 cv e 26,6 kgfm. Assim como a 166 MM/53 Vignale Spyder dos anos 1950, o targa também era equipado com câmbio manual de cinco marchas. Números impressionantes para a época, ainda acelerava de 0 a 100 km/h em 6,7 segundos e atingia velocidade máxima de 255 km/h.
Para além da curiosa escolha da cor e variedade de modelos e versões, outro destaque dessa coleção é a baixa quilometragem de diversos exemplares que pertenceram à garagem de Bachman. A Ferrari 458 Speciale A 2015 é o modelo que menos rodou da lista e contabiliza apenas 92 km no odômetro. Já a Ferrari 250 GT/L Berlinetta Lusso 1964 é o veículo que viajou mais, acumulando 124.711 km rodados.
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Fonte: direitonews






