O portal aponta a descoberta como uma janela excepcional para o comércio romano tardio, a construção naval e a vida cotidiana em todo o Mediterrâneo Ocidental.
© Foto / Conselho de Mallorca, Universidade de Barcelona, Universidade de Cádiz, Universidade das Ilhas BalearesÂnforas de um navio mercante Romano do século 4 d. C.

Ânforas de um navio mercante Romano do século 4 d. C.
© Foto / Conselho de Mallorca, Universidade de Barcelona, Universidade de Cádiz, Universidade das Ilhas Baleares
“Os arqueólogos acreditam que o navio partiu de Cartagena, um importante porto romano na costa sul da Espanha, transportando azeite, vinho e garum — um molho de peixe fermentado amplamente comercializado por todo o império. Uma moeda encontrada sob o mastro, cunhada em Siscia [atual Croácia] por volta de 320 d.C., forneceu um marcador cronológico preciso”, ressalta a publicação.
Segundo o material, o estado de preservação da embarcação é excepcional, resultado de seu rápido soterramento pelas areias, que a isolaram do oxigênio e impediram a degradação biológica.
Além disso, é destacado que foram recuperadas ânforas intactas, sapatos de couro, uma ferramenta de carpintaria e uma lamparina representando a deusa Diana.
Algumas ânforas apresentam monogramas cristãos antigos, evidenciando a coexistência das crenças pagãs e cristãs no final do período romano.
© Foto / Conselho de Mallorca, Universidade de Barcelona, Universidade de Cádiz, Universidade das Ilhas BalearesObjeto encontrado perto de Maiorca

Objeto encontrado perto de Maiorca
Por sua vez, continua o portal, as inscrições pintadas nas ânforas fornecem informações valiosas sobre as redes administrativas e comerciais que sustentavam o comércio romano no Mediterrâneo.
Cabe enfatizar que a análise do barro confirmou a origem das ânforas no sudeste da Espanha, ressaltando a importância da região na produção de azeite e molho de peixe durante a Antiguidade Tardia.
© Foto / Conselho de Mallorca, Universidade de Barcelona, Universidade de Cádiz, Universidade das Ilhas BalearesMoedas, ânforas e muitos outros artefatos repousam no fundo do mar.

Moedas, ânforas e muitos outros artefatos repousam no fundo do mar.
Assim, finaliza a publicação, o naufrágio constitui um raro testemunho das técnicas de construção naval, da logística comercial e da vida cotidiana dos marinheiros romanos.
Fonte: sputniknewsbrasil








