Em visita à Comunidade Jamaraquá (PA), Lula defende sustentação econômica para quem toma conta das florestas


Na sequência da agenda de eventos que antecedem a 30ª edição da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou, no último domingo (2/11), a Comunidade Jamaraquá, uma das 26 comunidades da Floresta Nacional do Tapajós, no Pará. Mais cedo, Lula esteve na Aldeia Vista Alegre do Capixauã, onde ouviu reivindicações e anunciou a ampliação de programas federais. No sábado (1/11), acompanhou a inauguração do Porto de Outeiro e do Aeroporto Internacional de Belém.

A visita contou também com a presença das ministras do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara. A Comunidade Jamaraquá é exemplo de turismo de base comunitária e desenvolvimento sustentável, com produção de óleos de andiroba e copaíba, látex e biojoias. Estruturada para o ecoturismo, alia geração de renda familiar e preservação da floresta. O Fundo Amazônia, criado pelo governo do Brasil e administrado pelo BNDES, apoia as atividades locais.

O presidente acompanhou o processo de extração do látex e de fabricação da borracha e conversou com moradores. Durante o encontro, defendeu que a escolha do Pará como sede da COP30 é uma oportunidade para que líderes mundiais conheçam o bioma amazônico e a realidade das populações locais. “A COP30 é um momento único na história do Brasil. É um momento em que a gente está obrigando o mundo a olhar a Amazônia com os olhos que devem olhar. O mundo vai conhecer não apenas a Amazônia, mas vai conhecer o povo maravilhoso e extraordinário da Amazônia”, afirmou.

Lula ressaltou, ainda, que preservar a floresta exige investimentos e reconhecimento internacional. “Para a floresta ficar em pé, temos que dar sustentação econômica, educacional e de saúde para as pessoas que tomam conta. Se as pessoas não tiverem o que comer, não vão tomar conta de nada. Essa é a nossa obrigação”, disse.

Marina Silva reforçou a fala do presidente, destacando que a comunidade é exemplo de sustentabilidade e de bioeconomia. “Nossa floresta nacional tem 530 mil hectares e 1.200 famílias. Essas famílias têm um estilo de vida que protege a floresta, buscam melhorias e já conseguiram muitas. Aqui é exemplo de bioeconomia, de sociobiodiversidade, de como manter a floresta em pé e gerar condições de vida e dignidade. Aqui tem extrativistas, artesãos e artesãs, seringueiros e seringueiras, e são muitas as atividades que vão se combinando ao longo do ano”, afirmou a ministra.

O presidente destacou que as visitas ao Pará têm como objetivo conhecer de perto a realidade das comunidades. “A ideia é fazer um levantamento da real situação, porque, de Brasília, é difícil a gente enxergar, a tantos milhares de quilômetros, as pessoas que moram aqui. Tenho certeza de que muita gente que mora em Copacabana, nas praias mais bonitas do país, teria inveja se conhecesse o que é morar à margem do Rio Tapajós, com essa água maravilhosa. Então, eu queria vir pra aprender”, disse.

Na comunidade, vivem 190 moradores de 47 famílias. A Floresta Nacional do Tapajós abriga cerca de 4 mil pessoas distribuídas em 25 comunidades e três aldeias. As famílias vivem da reserva da pousada, manejo florestal, turismo de base comunitária, produção de farinha e de um sistema agroflorestal voltado ao cultivo de frutas.

(Com informações da Presidência da República)

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Fonte: gov.br

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