O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) realizou no último dia 15 de outubro a cerimônia de certificação e encerramento da Trilha de Aprendizagem “Inovação para Adaptação Climática – Turma Guardiãs e Guardiões da Biodiversidade”. A formação foi desenvolvida pela organização World-Transforming Technologies (WTT) e pelo Instituto Mancala, com protagonismo da Câmara Setorial de Guardiãs e Guardiões do Conselho de Gestão do Patrimônio Genético (CGEN), e apoio do MMA e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
A secretária Nacional de Bioeconomia do MMA, Carina Pimenta, destacou que esse processo formativo é parte essencial das ações para colocar o Plano Nacional de Desenvolvimento da Bioeconomia em ação.
“A bioeconomia que defendemos é feita de gente, território e ciência. As lideranças certificadas nesse processo são infraestrutura social da adaptação climática: conectam saberes, abrem caminhos para políticas públicas e transformam cuidado com a biodiversidade em desenvolvimento justo e inclusivo”, declarou.
Entre julho e outubro, a trilha reuniu 24 lideranças indicadas pela Câmara do CGEN, representando povos indígenas, povos e comunidades tradicionais e agricultores familiares. Ao longo de encontros virtuais semanais e de atividades presenciais, os participantes trabalharam inovação colaborativa, transição ecológica, políticas públicas, convenções das Nações Unidas e integração entre ciência e saberes tradicionais, em um ambiente de diálogo intercultural e de construção conjunta.
Para o diretor do Departamento de Patrimônio Genético do MMA, Henry Novion, o resultado central da trilha é dar protagonismo a quem cuida da sociobiodiversidade.
“Esta trilha mostra que a adaptação climática começa no território, onde ciência e saberes tradicionais caminham juntos. Do lado do Departamento de Patrimônio Genético e do CGEN, nosso compromisso é garantir respeito aos direitos das comunidades, consentimento e repartição justa de benefícios. Certificar essas lideranças é reconhecer quem cuida da sociobiodiversidade”, afirmou.
A proposta pedagógica colocou os territórios no centro das decisões. A metodologia articulou conhecimento científico, práticas tradicionais e gestão pública para desenvolver soluções de adaptação climática conectadas à realidade local, com foco em proteção da biodiversidade, segurança de meios de vida e fortalecimento de capacidades comunitárias.
A formação apoiou lideranças de povos indígenas, comunidades tradicionais, agricultores familiares e comunidades periféricas, capacitados para incidência política e para o desenvolvimento de estratégias de conservação da biodiversidade e enfrentamento das mudanças climáticas. O curso teve um foco especial na preparação para a COP30, fortalecendo a participação dessas lideranças em processos globais de tomada de decisão.
O encerramento da trilha consolida uma rede de lideranças e instituições comprometidas com soluções climáticas transformadoras, capazes de conectar ciência, saberes tradicionais e gestão pública para gerar impacto real nos territórios. Os resultados e reflexões do processo serão divulgados publicamente, com o objetivo de inspirar novas turmas e ampliar a adesão de parceiros.
Conheça a publicação resultado do curso aqui.
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Fonte: gov.br






