O ano ainda não acabou para a Nissan. Depois de lançar a segunda geração do Kicks, a marca japonesa vai encerrar 2025 apresentando o Kait, novo SUV de entrada produzido em Resende (RJ). O nome foi oficializado durante o Salão de Tóquio (Japão). Na ocasião, a fabricante revelou o primeiro teaser do SUV, com traços da traseira. As vendas começam no primeiro trimestre de 2026.
Se você olhar mais atentamente para o modelo, verá uma enorme evolução do Kicks Play. Autoesporte antecipou, ainda em fevereiro de 2024, que o SUV iria conviver com a segunda geração.
Se o nome é pequeno, a tarefa do novo Kait é inversamente proporcional. Terá de substituir o próprio Kicks Play — que, apesar de estar vendendo muito bem, sairá de linha. Uma decisão bastante difícil para a Nissan, que vive uma crise aguda e não pode se dar ao luxo de fazer escolhas erradas.
Há duas razões para a fabricante não manter o veterano no mercado mesmo com bons resultados nas lojas. A primeira passa pela produção no sul fluminense. Falta capacidade fabril para sustentar os dois modelos e o novo Kicks em linha. A segunda relaciona-se ao posicionamento dos produtos. Kait e Kicks Play disputam o mesmo cliente, que busca um SUV compacto entre R$ 120 mil e R$ 150 mil. Mesmo que um deles fosse reposicionado um pouco acima, acabaria esbarrando na segunda geração.
Mas nem é preciso sentir saudade. O Kait nada mais é do que um banho de loja do Kicks Play. Seu código de projeto, P02H, deixa clara a sequência da sigla do Kicks G1, P02F. A estrutura da cabine, incluindo colunas A e B, portas laterais, vidros e teto, é a mesma do modelo antigo.
Porém, alguns truques deram um frescor ao desenho do Kait. Na frente, o capô está mais elevado, seguindo a estratégia de Fiat e Volkswagen no Pulse e no Tera, respectivamente. Também mudam para-lamas, grade, para-choque e faróis, acompanhando a nova identidade visual presente em modelos como Ariya e X-Trail.
Atrás, a coluna C tem uma nova chapa metálica, mas o aplique plástico característico do Kicks foi preservado. As lanternas traseiras são mais estreitas. A tampa do porta-malas tem recorte mais reto e abriga uma seção iluminada das lanternas. Por fim, a placa foi deslocada para o para-choque. Ao contrário de outros Nissan recentes, o emblema da marca foi mantido, com um letreiro com o nome Kait logo abaixo.
No interior, as mudanças foram menos profundas. Afinal, trocar o painel exige também investimentos na criação de novos moldes de plástico injetado. Logo, o quadro de instrumentos será o mesmo do Kicks Play, parcialmente digital, com tela de 7 polegadas. Versões de entrada devem trazer um cluster analógico. Outra alteração possível é a atualização da central multimídia para um aparelho mais moderno, como o do Kicks de segunda geração.
Também virá do Kicks o pacote de assistências Adas denominado Pro Pilot, porém sem alguns recursos. Podemos esperar por frenagem autônoma de emergência e controle de cruzeiro adaptativo (ACC), por exemplo, na versão topo de linha. Por falar no catálogo, o Kait terá três opções, provavelmente mantendo os nomes do Kicks Play: Active, Sense e Advance.
Em comum, todas terão sob o capô o veterano motor 1.6 aspirado flex de 16V com até 113 cv de potência e 15,2 kgfm de torque. O câmbio será sempre automático CVT, sem opção manual. Logo, já sabemos que o desempenho será muito similar ao do próprio Kicks Play: sem grandes arroubos de esportividade e com aceleração de zero a 100 km/h próxima de 12 segundos.
Como dito antes, a faixa de preços do Nissan Kait vai de R$ 120 mil a R$ 150 mil. Uma das maiores apostas da Nissan para convencer alguém a trocar um Tera ou Pulse pelo seu “velho novo” SUV é o bom espaço interno, com comprimento na casa de 4,30 metros e entre-eixos acima de 2,60 m. O porta-malas também deve manter o padrão do Kicks Play, com 430 litros.
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Fonte: direitonews
 
 
 
				




