Trump reacende tensão entre potências globais ao ordenar testes nucleares após 33 anos, diz mídia


O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenou a retomada imediata dos testes de armas nucleares após um intervalo de 33 anos, pouco antes de se reunir com o presidente chinês Xi Jinping. A decisão reacende debates sobre segurança global e ocorre em um contexto de crescente tensão geopolítica.
Desde o primeiro teste nuclear dos EUA em 1945, mais de 2.000 testes foram realizados globalmente até o Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares (CTBT, na sigla em inglês) de 1996. Os Estados Unidos lideraram com 1.032 testes, seguidos pela União Soviética com 715. Após o tratado, apenas dez testes foram registrados, todos por Índia, Paquistão e Coreia do Norte.
Os testes nucleares foram interrompidos principalmente por preocupações com os impactos ambientais e na saúde humana. Regiões como o Pacífico e o Cazaquistão sofreram contaminações duradouras, e ativistas denunciam efeitos nocivos sobre populações locais. A suspensão dos testes também visava reduzir tensões entre grandes potências durante a Guerra Fria.
Embora os EUA tenham assinado o CTBT, nunca o ratificaram. Em 2023, a Rússia revogou sua ratificação, alinhando-se formalmente à posição norte-americana. Testes nucleares são usados para validar o funcionamento de novas armas e verificar a eficácia de arsenais antigos, além de enviar sinais estratégicos a adversários como Rússia e China.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante coletiva de imprensa na Casa Branca, em setembro de 2025 - Sputnik Brasil, 1920, 30.10.2025

Putin alertou que a retomada dos testes pelos EUA levaria a uma resposta russa, uma vez que a decisão de Trump pode ser interpretada como uma demonstração de força, com implicações diretas para o equilíbrio nuclear global e a estabilidade internacional.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou nesta quinta-feira (30) que o teste do míssil de cruzeiro Burevestnik, movido a energia nuclear e realizado pela Rússia, não teve qualquer conotação nuclear. Moscou espera que as informações sobre os testes do míssil Burevestnik e do torpedo submarino Poseidon tenham sido transmitidas corretamente a Trump, acrescentou o porta-voz.
De acordo com a Reuters, Rússia e Estados Unidos detêm os maiores estoques de ogivas nucleares, com cerca de 5.500 cada.

O arsenal global, que chegou a mais de 70.000 ogivas em 1986, foi reduzido para de 12.000. China, França, Reino Unido, Índia, Paquistão, Israel e Coreia do Norte completam a lista de potências nucleares, com números significativamente menores.

Logo da emissora Sputnik - Sputnik Brasil
Acompanhe as notícias que a grande mídia não mostra!

Siga a Sputnik Brasil e tenha acesso a conteúdos exclusivos no nosso canal no Telegram.

Já que a Sputnik está bloqueada em alguns países, por aqui você consegue baixar o nosso aplicativo para celular (somente para Android).

Fonte: sputniknewsbrasil

Anteriores Boi gordo mantém preços firmes após alta em São Paulo
Próxima Mariangela Hungria está na lista TIME100 Climate 2025 como personalidade influente em questões do clima