No passado, sempre que alguém via um motorista falando sozinho dentro de um carro, supunha-se que ele estaria cantarolando alguma canção que ouvia pelo rádio. Tempos depois, veio a facilidade de atender o telefone sem tirar as mãos do volante, por viva-voz, em plataformas que espelham o celular na central multimídia do veículo.
Agora, com a inteligência artificial, começam a surgir novas perspectivas de interação humana com o automóvel. É bem provável, portanto, que os motoristas “conversem” com seus carros cada vez mais.
A Volkswagen saiu na frente e se tornou a primeira montadora do Brasil a colocar inteligência artificial generativa em carros. A novidade já está nas duas versões mais caras do Tera, primeiro SUV compacto da montadora alemã. Otto, o assistente virtual baseado na IA da VW, responde tanto a questões relacionadas ao veículo como a temas para os quais o condutor busca respostas na internet. E evolui de acordo com os comandos que recebe.
A tendência de aumento de interação das pessoas com os carros abrange não só assistentes virtuais, que podem “contar” para o motorista como está a pressão dos pneus ou o endereço do McDonald’s mais próximo, mas também os já conhecidos sistemas eletrônicos que nos permitem ligar o ar-condicionado do veículo a distância, da mesma forma que pedimos à Alexa, assistente da Amazon, para acender as luzes em casa sem usarmos o interruptor.
Já é bem conhecida, também, a tecnologia que detecta se o motorista está cansado, distraído, e o “avisa” quando ele muda de faixa involuntariamente. Mas o potencial de soluções para integrar o carro à vida e à rotina de quem o conduz é maior.
O carro nem precisa “falar” para ajudar em caso de apagão. Na apresentação do SUV híbrido plug-in Tank 300, a GWM destacou a tecnologia que possibilita a transferência da energia do veículo para equipamentos externos, como alimentar a iluminação de uma casa, por exemplo.
Recentemente, a General Motors, dona da marca Chevrolet, incorporou uma nova função ao seu sistema de conectividade, o OnStar. Desenvolvido pela equipe de engenharia brasileira, o chamado “acompanhamento seguro” permite ao usuário solicitar à central de atendimento o monitoramento da rota e do que acontece dentro do veículo por um período determinado.
A solução pode ajudar quem vai dirigir em regiões inseguras, locais escuros, entradas de garagens em horários críticos ou até mesmo se o motorista se sentir vulnerável. Basta apertar um botão e solicitar o serviço pelo sistema de áudio do veículo. Ao detectar qualquer situação que comprometa a segurança do condutor, a central de atendimento acionará as autoridades.
“Falar” com o carro pode se tornar até uma forma de embalar os sonhos de infância. Nos dias que antecederam o último Natal, a GM do Brasil liberou o OnStar para que as crianças pudessem falar com o Papai Noel e seus duendes simplesmente apertando um botão no carro.
Assim que identificavam a voz de uma criança, os atendentes, já treinados para a ação, iniciavam a conversa dos pequenos com Papai e Mamãe Noel. As possibilidades de aumentar nossa interação com o carro são infinitas e as montadoras estão atentas às oportunidades.
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Fonte: direitonews





