Um dos principais conselhos dos especialistas para idosos que estão sofrendo com perda de memória recente e dificuldade em reconhecer pessoas que acabaram de conhecer é manter a mente ativa. Pesquisadores da Universidade da Califórnia em São Francisco, nos Estados Unidos, descobriram uma atividade que pode ajudar: aprender a tocar bateria.
Os cientistas usaram um aplicativo que ensina um ritmo que deve ser repetido pelo usuário batendo na tela. Os participantes, que tinham entre 60 e 79 anos, praticaram por pelo menos duas horas na semana por dois meses, e tinham que identificar se uma face que piscava na tela era igual ou diferente de outra que já tinha aparecido.
Segundo os pesquisadores, foi percebida uma melhora de 4% entre os que fizeram a aula de bateria, em comparação com idosos que apenas fizeram jogos de palavras. Também foram realizados escaneamentos do cérebro dos participantes, que indicaram uma melhora na área relacionada à memória recente.
O principal autor da pesquisa, o professor Theodore Zanto, conta que tem dificuldade para reconhecer pessoas que acabou de conhecer em festas e acaba se apresentando mais de uma vez. “Esse estudo sugere que aprender um ritmo melhora sua memória de curto prazo em geral, e isso pode fazer o indivíduo reconhecer melhor a face de alguém, evitando constrangimentos”, explica.
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Zanto afirma que os participantes que eram melhores na bateria foram melhores ao reconhecer as faces, mas nenhum se tornou um baterista decente. “Mas essas pessoas nunca tinham tocado música na vida. Talvez, se eles continuarem tentando, podem ficar ainda melhores em reconhecer faces e até considerar entrar em uma banda de rock”, comenta o cientista.
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