“Nos últimos anos, a relação que vinha sendo construída entre Índia e Estados Unidos era quase uma ponta de lança dentro do BRICS, um fator de contrabalanceamento ao poder da China. Agora, essa nova onda de tarifas acabou sendo uma motivação para os indianos reavaliarem suas alianças estratégicas e até colocarem de lado, claro que não totalmente, as questões da rivalidade fronteiriça”, pontua.
“Se olharmos os últimos anos, especialmente a relação de votos da Índia na ONU, veremos que o país tem uma trajetória historicamente mais convergente com a posição da China. Isso porque compartilham pautas ligadas ao Sul Global e ao chamado terceiro-mundismo durante a Guerra Fria. São temas que hoje vão além dessa divisão geopolítica, sobretudo, questões relacionadas ao desenvolvimento, à necessidade de incentivos à indústria e à resistência às pressões pelo fim do protecionismo.”
Modi e a participação no desfile militar pelo Dia da Vitória em Pequim
Aproximação entre EUA e Paquistão
“A grande bandeira econômica do Trump, atualmente, é a segurança jurídica para as empresas de criptomoedas. E essa relação com o Paquistão complica a vida dos indianos, principalmente na questão da segurança [recentemente, os países tiveram um intenso conflito na fronteira]. Tanto é que o Trump recebeu há poucos dias uma liderança do Exército paquistanês na Casa Branca, sem a presença do governo civil“, finaliza.
Fonte: sputniknewsbrasil