Os planos da Volkswagen de venda de carros híbridos no Brasil são bem claros. Autoesporte, inclusive, já contou por aqui que a montadora deve localizar a produção do motor híbrido flex que vai equipar as novas gerações de T-Cross e Nivus em 2031. Agora, podemos confirmar que o foco inicial será nos conjuntos híbrido leve (MHEV) e híbrido pleno (HEV). Ou seja, descartando ao menos por ora um possível híbrido plug-in (PHEV).
Esse tipo de tecnologia é comum em carros chineses, como os da BYD, por exemplo. O próprio Song Pro, SUV mais barato da marca no país, traz o sistema com recarga externa. A possibilidade de vender modelos PHEV, no entanto, não foi descartada pela Volkswagen. Afinal, a plataforma MQB Evo, que será usada nos carros híbridos da fabricante alemã a partir de 2026, permite todo tipo de eletrificação.
Em entrevista exclusiva à Autoesporte, Thomas Schäfer, CEO global da Volkswagen, afirmou que, apesar de ser uma porta aberta, a produção do conjunto híbrido plug-in no Brasil não é um plano para agora, já que também depende de uma avaliação do mercado.
Nossa redação também apurou que o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC Paulista já até emitiu algumas reclamações com a marca por não ter, dentro do atual plano de investimentos de R$ 16 bilhões, a fabricação de um motor híbrido plug-in. No entanto, como dissemos anteriormente, isso não significa que a Volkswagen não irá vender carros com esse sistema em no nosso país.
Um dos modelos que tem chances de estrear por aqui é a nova geração do Tiguan — equipado com o motor híbrido plug-in que seria importado. Até porque o SUV médio já existe com esse conjunto, trabalhando com o propulsor 1.5 TSI Evo2, por exemplo, na Europa. Por lá, ao lado do Tayron, tem opções com 204 cv e 272 cv de potência.
Schäfer também ressaltou que o mercado brasileiro é muito diverso e que, com essa plataforma, existem muitas possibilidades. “A MQB Evo é nossa plataforma de motor a combustão mais avançada. Podemos fazer todo tipo de motorização com ela: gasolina, diesel, flex, híbrida leve, híbrida, híbrida plug-in… E isso estará disponível na América do Sul”, afirmou.
Portanto, como já noticiamos há alguns meses, os futuros Volkswagen T-Cross e Nivus híbridos flex nacionais serão feitos a partir da plataforma MQB Evo, derivada do novo T-Roc europeu. Além disso, terão versões híbridas leves de 48 Volts e híbridas plenas, tal qual um Toyota Corolla Cross. O primeiro está previsto para estrear no final de 2027, enquanto o segundo deve chegar apenas em 2028.
De toda forma, a tecnologia que desembarca primeiro por aqui é a híbrida leve (MHEV) de 48V, com o motor 1.5 TSI Evo2, uma evolução do 1.4 TSI já convertido para flex. Este será justamente o conjunto que será nacionalizado em 2031, na fábrica de São Carlos (SP). A expectativa é de que, com esse conjunto, os novos SUVs da marca entreguem cerca de 150 cv de potência e 25,5 kgfm de torque.
Logo em seguida vem o sistema híbrido pleno (HEV), que também usará o motor 1.5 TSI Evo2. No entanto, este só deve chegar depois de 2027 e não tem previsão de produção local. Nesse caso, entregará aproximadamente 170 cv e 31,6 kgfm.
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Fonte: direitonews