Com a atual geração da Hilux completando uma década, a Toyota acelerou o desenvolvimento de sua substituta. A picape média teve mais detalhes importantes vazados na internet, como o formato do painel, perto de seu lançamento. Autoesporte, inclusive, descobriu quando a caminhonete será apresentada no Brasil, como você poderá conferir mais abaixo.
Patentes registradas na Austrália revelam que a Hilux terá painel inspirado no da Tacoma, sua “irmã” de grande porte. O design será dividido em “andares”, com a central multimídia de 10 polegadas projetada à frente, acima das saídas de ar-condicionado.
A tela tem grandes bordas com botões físicos, como tem sido comum nos carros da Toyota. Entretanto, a Hilux não aparenta ter botão giratório para controlar o volume.
À frente do motorista, o encaixe do cluster dá indícios de que irá acomodar um painel de instrumentos digital. A patente também revela que a Hilux terá botões físicos para o ar-condicionado e um console central com volume mais generoso.
Por fim, chama atenção o acabamento vinho do painel, o que revela que pode se tratar da versão topo de linha da picape média. A área aparenta ser revestida por plástico, mas partes suaves ao toque são esperadas. A Hilux ainda terá porta-copos à frente das saídas de ar-condicionado para manter bebidas refrigeradas.
A Hilux é uma picape global, montada exatamente igual — ou com poucas diferenças — nas fábricas da Toyota espalhadas pelo mundo. O modelo que abastece o mercado brasileiro, por exemplo, vem de Zárate (Argentina).
A Hilux atual é montada sobre a plataforma IMV há dez anos. Autoesporte apurou que a nova geração irá preservar essa base técnica, restringindo suas mudanças à carroceria. Ou seja, o formato geral da cabine não vai mudar radicalmente.
Por mais que a Hilux 2026 seja tratada pela Toyota como uma nova geração (pelo código interno 581D, substituindo o antigo 640X), é, na verdade, uma reestilização profunda. Trata-se da mesma abordagem da Chevrolet S10 nacional, que preservou sua plataforma e teve atualizações mais intensas de design, mecânica, cabine e equipamentos.
A Hilux atual tem 5,32 metros de comprimento, 1,85 m de largura, 1,81 m de altura e 3,08 m de distância entre-eixos. Destas medidas, somente a distância entre os eixos deve ser preservada.
A Hilux é testada com um conjunto híbrido leve (MHEV) de 48V, que une o atual motor 2.8 turbodiesel de quatro cilindros com 204 cv de potência a um motor elétrico (que substitui alternador e motor de arranque) de 16 cv e um conjunto de baterias de íons de lítio com 0,2 kWh de capacidade.
Autoesporte pode dizer que este pequeno motor elétrico terá atuação pontual e específica no conjunto da Hilux, elevando o torque em rotações mais baixas (inferiores a 1.000 rpm). A tendência é que a picape média renovada mantenha os 204 cv a 3.400 rpm, bem como o torque de 50,9 kgfm entre 1.600 e 2.800 rpm.
O câmbio automático de seis marchas sairá de cena, dando lugar a uma caixa mais moderna, com pelo menos oito marchas. É a receita das picapes e dos SUVs de grande porte mais modernos da Toyota em outros países. No Land Cruiser, por exemplo, são dez marchas.
A nova Hilux deve ser mostrada neste fim de ano no Sudeste Asiático e Oceania, onde é produzida (e desenvolvida) na Tailândia. Nossa reportagem apurou que o processo de homologação no Brasil se inicia em fevereiro de 2026.
Como a fase de homologação costuma levar entre seis e oito meses para ser concluída, o lançamento da Hilux no Brasil não acontecerá antes do último trimestre do ano que vem.
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Fonte: direitonews