Segundo Padilha, até a noite da última terça-feira (30), o Ministério da Saúde havia sido notificado sobre 26 casos suspeitos de intoxicação por metanol. De acordo com a Agência Brasil, Pernambuco notificou outros três na manhã de hoje.
Conforme informações publicadas pelo G1, cinco mortes estão atreladas a este tipo de intoxicação. Um destes casos já foi confirmado, enquanto os outros quatro continuam sob investigação.
“Está aumentando a sensibilidade para isso, chamando mais a atenção dos profissionais de saúde, aumentando a suspeita desses profissionais e, com a notificação imediata, subindo mais rápido essa informação também.”
O ministro destacou que é preciso que todo o sistema de vigilância brasileiro esteja atento a possíveis novos casos.
“A nossa expectativa é que, no reforço da sensibilidade, da divulgação do problema, isso aumente também a suspeita pelos profissionais de saúde e aumente o número de casos notificados.”
Polícia Federal investiga intoxicações
A Polícia Federal (PF) anunciou a abertura de inquéritos para apurar as intoxicações por metanol, uma vez que há indícios de que a adulteração tenha ultrapassado as divisas de São Paulo, atingindo outros estados — o que motiva a participação da PF.
Segundo o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, o objetivo é investigar a origem do metanol, a cadeia de distribuição das bebidas contaminadas e possíveis conexões com organizações criminosas, como o PCC.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), por sua vez, alegou na terça-feira (30) que “não há evidência nenhuma de que haja crime organizado” na adulteração das bebidas, afirmando que os casos recentes envolvem pessoas que atuam isoladamente em destilarias clandestinas.
“Muito tem se especulado sobre, e agora tem esse negócio em São Paulo. Tudo é do PCC, né? Tem se especulado sobre a participação do crime organizado nessa adulteração de bebida. Só para deixar claro, não há evidência nenhuma de que haja crime organizado nisso.”
Fonte: sputniknewsbrasil