Novo Audi Q3: o que o SUV nacional terá de diferente do europeu


A nova geração do Audi Q3 já está com o passaporte carimbado para o Brasil. E será montada na fábrica de São José dos Pinhais (PR), nas carrocerias SUV e Sportback. O lançamento acontece no primeiro semestre do ano que vem, mas Autoesporte visitou a Escócia, já conheceu o carro e conta o que o modelo nacional terá de diferente do europeu.

Desde junho de 2022, a atual geração do Q3 é montada no Paraná nas duas carrocerias — após um investimento de R$ 100 milhões da Audi na unidade onde o Volkswagen T-Cross também é produzido. O modelo é feito no regime CKD (Completely Knocked-Down); ou seja, quando o carro é importado todo desmontado e é montado no país. No caso, os kits vêm de Györ, na Hungria.

A terceira geração do Q3 continuará a se montada no mesmo esquema em Pinhais. E a fabricante alemã fez o oposto do que muitos imaginavam: não irá oferecer versões elétricas do modelo. O que é surpreendente já que o BMW X1, seu maior rival, já tem variante eletrificada desde 2022. O Volvo XC40 Recharge Pure Electric (hoje EX40) é ainda mais antigo: chegou em 2021.

Na Europa, o Q3 é oferecido em quatro motorizações. E é aí que começa a primeira diferença para o Brasil: aqui teremos apenas uma opção. No caso, é o 2.0 TFSI a gasolina de quatro cilindros, mais potente que o da atual geração: vai passar de 231 cv e 34,7 kgfm para 265 cv e 40,8 kgfm.

O câmbio é de dupla embreagem com sete marchas e a tração é integral quattro. De acordo com a Audi, o novo Q3 acelera de 0 a 100 km/h em 5,7 segundos, enquanto a atual geração cumpre o mesmo em 7 segundos.

Vale lembrar que o novo Volkswagen Golf GTI tem motor 2.0 TSI com injeção direta da mesma família EA888 que o Q3. No entanto, neste retorno ao Brasil, o esportivo será mais “manso” do que sua versão europeia, como consequência das regras de emissões do Proconve L8 e das características da gasolina daqui, que agora tem 30% de etanol na mistura.

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Sendo assim, a especificação brasileira terá 245 cv de potência (20 cv a menos que o europeu) e 37,7 kgfm de torque (3,8 kgfm a menos). De acordo com o que apuramos, o Q3 não terá redução de potência e torque em relação ao modelo europeu.

A Audi aposta em versões híbridas na Europa, mas, pelo menos por enquanto, elas estão descartadas para o Brasil. Na Europa, a versão de entrada tem o motor 1.5 TFSI a gasolina associado a um sistema híbrido leve, que entrega 150 cv e 25,5 kgfm. Esse motor é uma evolução do nosso 1.4 TSI e essa tecnologia vai estrear no Brasil pelas mãos da Volkswagen em modelos como T-Cross e Nivus.

A outra aposta é uma variante híbrida plug-in (PHEV) com o mesmo motor 1.5 que, aliado a outro propulsor elétrico, entrega 272 cv e 40,8 kgfm. A bateria tem capacidade de 19,7 kWh, permitindo autonomia elétrica de 118 km no ciclo WLTP. No mercado europeu o Q3 ainda tem uma opção a diesel: 2.0 TDI de 150 cv e 36,7 kgfm de torque.

Um dos assuntos mais comentados nas redes sociais sobre o novo Audi Q3 é o símbolo da marca iluminado na traseira. Muita gente criticou, dizendo que ficou com cara de carro chinês. O país asiático é um mercado, bom frisar, muito importante para a fabricante alemã.

O martelo ainda não está batido, mas tudo indica que a Audi vai abrir mão desse item no Brasil justamente porque não é um recurso muito comum nos carros daqui. As lanternas de LED separadas na parte superior e, logo abaixo, acompanhadas por uma faixa horizontal contínua, têm mais chances de chegar ao SUV montado no Paraná.

Na dianteira, o novo Q3 tem faróis divididos, com LEDs diurnos do tipo pixel na parte superior e luzes principais Matrix abaixo. Esse sistema é composto por 25.600 micro-LEDs individuais e tem recursos como farol alto adaptativo e orientação de faixa.

Na Europa esses faróis são opcionais de 1.950 euros, o equivalente a R$ 12.160 em conversão direta. Não dá para cravar quanto vai custar no Brasil, entretanto, também será vendido por aqui como opcional. Na variante que testamos, as rodas são de 20 polegadas com pneus 255/40 R20; em nosso mercado o conjunto deve ser o mesmo.

A versão S-Line com motor 2.0 TFSI que testamos na Europa não vem com teto solar. Mas já podemos adiantar: o item estará disponível no Q3 brasileiro.

Atualmente, o Audi Q3 parte de R$ 299.990 na versão Prestige e chega a R$ 359.990 na opção Performance Black Plus. Já o Q3 Sportback parte de R$ 353.990 na versão Performance e chega aos R$ 379.990 na Performance Black Plus. Com exceção da Prestige, todas têm teto solar, seja como item de série ou como opcional.

O que sabemos que não muda é o porte: o novo Q3 só cresceu no comprimento em relação à atual geração, ficando com 4,53 metros (+4 cm). De resto, são os mesmos 1,58 m de altura, 1,86 m de largura e 2,68 m de entre-eixos. O que ficou pior foi o volume do porta-malas, passando de 530 litros para 488, pelo menos na Europa.

No interior, os materiais são ótimos, com couro, Alcantara e materiais emborrachados. O painel segue o padrão de SUVs mais caros da marca, com uma prancha sendo usada para unir o quadro de instrumentos de 11,9 polegadas com a central multimídia de 12,8”. Para o banco traseiro há uma zona independente do ar-condicionado (a terceira) e duas entradas USB-C.

Equipamentos como sete airbags, alerta de saída de faixa, sistema de reconhecimento de fadiga, alerta de ponto cego, controle de cruzeiro adaptativo (ACC), Alerta de colisão frontal, frenagem automática de emergência e alerta de tráfego cruzado devem chegar no Q3 brasileiro.

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Fonte: direitonews

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