A revista elabora que o “homem de Zimapán”, encontrado em uma caverna na fronteira entre Mesoamérica e Aridoamérica, foi mumificado naturalmente pelas condições secas e estáveis da caverna e estava envolto em um elaborado revestimento funerário.
“O corpo foi coberto com camadas de esteiras de fibra de maguey e algodão tecido, sugerindo que ele era possivelmente um membro muito respeitado de sua comunidade, provavelmente da cultura Otopame — um dos grupos de caçadores-coletores extintos da região”, ressalta a publicação.
Segundo a matéria, os pesquisadores analisaram o tecido intestinal e fezes preservadas da múmia usando sequenciamento do gene 16S rRNA, identificando fragmentos de DNA bacteriano para revelar micróbios intestinais antigos.
A múmia de Zimapán continha famílias bacterianas comuns ainda hoje, como Peptostreptococcaceae e Clostridiaceae, com a presença de Clostridiaceae refletindo semelhanças com outras múmias andinas antigas.
Mais uma descoberta notável foi a Romboutsia hominis, uma espécie desconhecida em microbiomas antigos, sugerindo persistência de algumas bactérias intestinais ao longo do tempo nos humanos.
Entretanto, destaca o artigo, o perfil bacteriano diferia do perfil do solo e composto próximos, confirmando que os micróbios eram do corpo e não contaminantes.
Então, a análise mostrou que o estilo de vida, dieta e ambiente influenciaram as bactérias intestinais dos primeiros mesoamericanos.
Micróbios relacionados à digestão de fibras vegetais e insetos indicam que a dieta incluía plantas como agave e insetos, compatível com um estilo de vida seminômade.
Assim, finaliza o material, o pacote funerário bem preservado reflete cuidado ritual, e os esforços de restauração visam preservar essa antiga conexão para o público atual.
Fonte: sputniknewsbrasil