A Fórmula 1 estuda ampliar o número de corridas Sprint no calendário em 2027, passando das atuais seis para cerca de dez etapas. A informação foi discutida nos bastidores e confirmada pelo CEO da categoria, Stefano Domenicali, que vê cada vez mais promotores e pilotos favoráveis ao formato.
O formato com corridas Sprint, foi introduzido em 2021 como forma de aumentar o espetáculo e oferecer mais ação ao público. Inicialmente esse formato foi alvo de críticas, porém passou a ser mais aceito após ajustes nas regras e hoje atrai atenção crescente dos organizadores de GPs.
Bobby Epstein, cofundador do Circuito das Américas (COTA) em Austin – EUA, destacou que a corrida Sprint no circuito, não trouxe aumento expressivo nas vendas de ingressos, mas reconheceu o valor agregado ao evento: “Acho que simplesmente dá mais valor ao ingresso. Não sei se isso se traduziu em mais vendas, mas os fãs parecem estar se acostumando. Dá mais conteúdo para o final de semana, e nós apreciamos isso”, disse ele.
Em Miami, o impacto foi ainda mais visível. Tyler Epp, responsável pelo GP da cidade, admitiu que foi surpreendido pelos resultados: “Eu estava errado sobre a corrida Sprint. Estava muito preocupado com o valor desse formato, mas eu não poderia estar mais errado. Os dados mostraram aumento de público no sábado, que chegou cedo para assistir à corrida mais curta”, afirmou.

Domenicali reforçou que a aceitação é cada vez maior, inclusive entre pilotos: “Fora alguns fãs mais tradicionais, todos querem finais de semana com o formato Sprint. Os promotores pedem, e agora os pilotos também se interessam. Sexta-feira já passa a ter mais relevância com a sessão de classificação, e isso precisa se tornar parte da cultura da F1”.
O dirigente, no entanto, descartou que a categoria adote um modelo idêntico ao da MotoGP, que realiza corridas Sprint em todas as etapas: “Vejo isso mais como um processo de amadurecimento que respeita uma abordagem mais tradicionalista”, acrescentou.
Domenicali também chegou a mencionar a ideia de corridas com grid invertido ou distâncias mais curtas, mas sem indicar que tais mudanças estejam em análise concreta. Para Epstein, qualquer decisão dependerá do equilíbrio entre inovação e tradição: “Stefano só faria isso se acreditasse ser o melhor para o esporte. Ele consegue evoluir sem sacrificar a herança da Fórmula 1, e confiamos no seu julgamento”, finalizou.
Fonte: f1mania