Associações sindicais ligadas aos setores de petróleo, metalurgia e energia elétrica apresentaram, na última terça-feira (7/10), ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) 20 propostas conjuntas para fomentar o debate sobre a transição energética justa no Brasil.
Os cadernos reúnem sugestões elaboradas por cerca de 120 trabalhadores, de diferentes regiões do país, e foram entregues a tomadores de decisões durante o seminário “Laboratórios de futuros: reflexões e propostas de trabalhadores para a transição energética justa”, realizado em Brasília.
As propostas foram apresentadas por meio de três documentos, divididos em cadernos específicos para cada setor consultado. De acordo com o secretário nacional de Mudança do Clima do MMA, Aloisio Melo, os apontamentos visam assegurar que as transformações tecnológicas associadas à descarbonização não prejudiquem os empregos e os direitos trabalhistas.
“Cada um desses cadernos apresentou um conjunto de propostas prioritárias sobre como garantir condições de trabalho adequadas e a empregabilidade dos trabalhadores ao longo do processo de descarbonização em todos os setores da economia, inclusive pela substitução dos combustíveis fósseis prevista no Acordo de Paris, fundamental para o enfrentamento da emergência climática”, afirmou Melo.
O material também busca garantir que a expansão de energias renováveis não gere impactos socioambientais negativos. “A transição no Brasil precisa ser justa, soberana e popular, construída a partir das necessidades da população e com protagonismo do Estado, garantindo emprego decente, participação social e acesso à energia para todos”, informou o coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar.
Encaminhamento
As 20 propostas são resultado dos Laboratórios de Futuros, uma experiência promovida pela Aurora Lab em colaboração com lideranças sindicais. A iniciativa buscou identificar gargalos, oportunidades e soluções para um processo de transição que garanta direitos e proteção social para trabalhadores e comunidades.
A ideia é que essas sugestões gerem subsídios para que o Brasil possa discutir a transição justa em nível global durante a COP30, que será realizada em novembro, em Belém (PA).
O secretário nacional de Mudança do Clima confirmou que o material será considerado na elaboração da política climática brasileira, por meio da Estratégia Transversal de Transição Justa do Plano Clima. Segundo Melo, as propostas não serão apenas para análise interna, mas também servirão como contribuição para o debate internacional que ocorrerá na Conferência do Clima. “É um olhar da perspectiva dos trabalhadores para esse tema”, destacou.
O encontro reuniu trabalhadores da Federação Única dos Petroleiros (FUP), do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (SindMetal ABC), da Federação Regional dos Urbanitários do Nordeste (Frune) e da Confederação Nacional dos Urbanitários (CNU).
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Fonte: gov.br