A pesquisa, divulgada na Science Advances, descobriu que 72% das espécies de mamíferos tem fêmeas com maior longevidade. Foram estudados 528 tipos de mamíferos em zoológicos e outros 69 na natureza.
O padrão se inverte quando são as aves, mas o percentual se mantém próximo: 68% das espécies da classe possuem machos que vivem mais que fêmeas.
Uma das hipóteses levantadas pelos cientistas é a disposição de cromossomos sexuais destas classes. Enquanto os mamíferos têm fêmeas representadas por XX e machos representados por XY, as aves são o contrário, sendo machos ZZ e fêmeas ZW.
A não repetição do cromossomo nos seres humanos, por exemplo, reflete em uma série de doenças hereditárias mais presentes nos homens do que nas mulheres.
Outra hipótese apresentada pelos cientistas é o dimorfismo sexual, ou seja, a diferença de características entre machos e fêmeas. Neste caso, o exemplo de maior tamanho dentro da mesma espécie costuma ter uma longevidade menor.
Um fator que pode ser determinante para o tempo de vida de machos e fêmeas é o comportamento sexual. As espécies monogâmicas tendem a ter uma longevidade parecida entre sexos, diferente daqueles que têm muitos parceiros.
Assim como na questão do acasalamento, os grupos que dividem as responsabilidades para cuidar dos filhotes costumam ter expectativa de vida parecida, enquanto o sexo das espécies que só comparecem para procriar tem uma longevidade menor do que aquele que permanece no ninho.
Fonte: sputniknewsbrasil