O presidente dos EUA, Donald Trump, endureceu a política comercial após retornar à Casa Branca: introduziu tarifas sobre importações do México e do Canadá, aumentou as aplicadas à China e depois anunciou alíquotas sobre aço, alumínio e automóveis.
O ponto culminante foi o anúncio, em 2 de abril, da aplicação de uma tarifa básica de 10% sobre importações, além de tarifas “recíprocas” elevadas para determinados países. Porém, já na semana seguinte, esse aumento foi colocado em pausa, e os EUA iniciaram negociações comerciais com vários parceiros.
“Índia, assim como Canadá e México, embora muitos de seus produtos estejam isentos das tarifas dos EUA. Para parte dos países do Sudeste Asiático, como o Vietnã, as condições de comércio com os EUA também estão se deteriorando de forma significativa, o que afeta suas perspectivas de crescimento econômico”, comentou Zadornov ao ser questionado sobre quais países podem sofrer mais com a política tarifária norte-americana.
O economista explicou que a guerra tarifária cria grande incerteza global nas cadeias de produção e nos investimentos, já que os apelos de Trump para que empresas invistam em produção dentro do território norte-americano – de semicondutores a automóveis – ainda permanecem apenas como declarações.
“Muitos dizem que estão prontos para investir, mas, na prática, esses investimentos levam anos. Agora, cadeias produtivas e logísticas já estabelecidas estão sendo rompidas. Isso leva a um enfraquecimento do comércio internacional e, em geral, da economia mundial”, acrescentou Zadornov.
Fonte: sputniknewsbrasil