“Israel está tentando reorganizar a região pela força”, afirmou o emir, destacando que os povos do Oriente Médio não aceitam esse tipo de comportamento.
Na mesma sessão, o primeiro-ministro e ministro das Relações Exteriores do Catar, Mohammed bin Abdulrahman al-Thani, afirmou que a localização da delegação de negociadores do Hamas em Doha não era segredo.
Segundo al-Thani, os membros da parte política do Hamas e suas famílias viviam em residências conhecidas, frequentemente visitadas por jornalistas e diplomatas.
“O local onde moravam os membros do bureau político do Hamas com suas famílias, onde a delegação estava durante as negociações, era de conhecimento de todos. Diplomatas e jornalistas iam lá para se encontrar com a delegação”, pontuou o premiê, ressaltando o paradoxo da situação em que mediadores são atacados em seu próprio território durante negociações.
11 de setembro, 12:40
O ataque israelense em Doha que provocou a morte de negociadores do Hamas ocorreu na última terça (9). Em meio à forte reação internacional, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reforçou o tom belicoso contra o Catar e ressaltou que se o país não agir contra a liderança do Hamas, Tel Aviv agirá.
“Ou vocês os expulsam ou os levam à justiça. Porque se não fizerem isso, nós o faremos”, disse, ao comparar a determinação israelense em punir o Hamas com as ações norte-americanas pós-11 de setembro.
A ameaça ao Catar vem também em contrariedade às promessas feitas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao emir do Catar.
Fonte: sputniknewsbrasil
