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Larry Ellison, cofundador da Oracle e atualmente presidente e diretor de tecnologia da empresa, tornou-se, pela primeira vez, a pessoa mais rica do mundo, ultrapassando Elon Musk, proprietário da Tesla, SpaceX e da rede social X.
Segundo a agência Bloomberg, a fortuna de Ellison alcançou US$ 393 bilhões, após um aumento recorde de US$ 101 bilhões em um único dia em Nova York, impulsionado pelos resultados trimestrais da Oracle, que superaram as expectativas do mercado e projetaram crescimento adicional para a empresa de software.
Esse aumento estabeleceu um novo recorde no índice de bilionários da Bloomberg, representando o maior crescimento registrado em um único dia. Com isso, Ellison superou os US$ 385 bilhões de Musk, que liderava a lista há pouco mais de 300 dias.
Elon Musk havia alcançado o título de pessoa mais rica do mundo em 2021, mas depois perdeu a liderança para Jeff Bezos, da Amazon, e Bernard Arnault, da LVMH, antes de recuperá-la no ano passado.
O desempenho da Oracle foi decisivo para essa mudança. As ações da companhia, que já acumulavam alta de 45% no ano até terça-feira, tiveram um novo salto de 41% na quarta-feira. Esse avanço ocorreu após a empresa reportar forte aumento de reservas e apresentar projeções otimistas para o negócio de infraestrutura em nuvem, registrando o maior crescimento diário em sua história.
Além disso, a Oracle participa do Projeto Stargate, uma iniciativa conjunta com OpenAI, SoftBank e MGX para desenvolver infraestrutura de inteligência artificial nos Estados Unidos.
O patrimônio de Ellison está fortemente ligado à Oracle, empresa que ele fundou e na qual continua atuando como presidente e diretor de tecnologia. Sua fortuna reflete diretamente o valor das ações da companhia, impulsionadas pelo crescimento contínuo e pelas expectativas positivas do mercado.
A Oracle comunicou na terça-feira que prevê que sua receita contratada ultrapasse meio trilhão de dólares, impulsionada pela alta demanda por seus serviços de infraestrutura em nuvem de baixo custo. As Remaining Performance Obligations (RPO), principal indicador de receita contratada, cresceram 359%, chegando a US$ 455 bilhões no primeiro trimestre, encerrado em 31 de agosto.
“Nos próximos meses, esperamos fechar acordos adicionais de bilhões de dólares com vários clientes, o que provavelmente elevará o RPO acima de meio trilhão”, afirmou a CEO Safra Catz.
A empresa firmou acordos com Amazon, Alphabet e Microsoft para que a Oracle Cloud Infrastructure (OCI) opere dentro das infraestruturas de nuvem dessas companhias. A receita gerada por esses clientes aumentou 1.529% no primeiro trimestre.
Em contraste, as ações da Tesla acumulam queda de 13% no ano. Musk havia conseguido que a diretoria da empresa aprovasse um salário simbólico de US$ 1 trilhão, como incentivo para mantê-lo focado nos objetivos centrais e neutralizar influências externas — principalmente políticas — que afetaram vendas, rentabilidade e avaliação internacional da marca.
Vale lembrar que a Tesla enfrentou uma forte queda na Bolsa de Nova York em junho, após desentendimento público entre Musk e o presidente dos EUA, Donald Trump, resultando em uma perda de mais de US$ 100 bilhões na capitalização de mercado da companhia.
Entre os objetivos da Tesla estão o desenvolvimento do negócio de robotáxis, consolidação de androides industriais e aumento do valor de mercado da empresa para US$ 8,5 trilhões, frente ao US$ 1 trilhão atual, em um horizonte de dez anos, conforme comunicado aos acionistas.
Fonte: gazetabrasil
