A Stellantis já havia confirmado o lançamento do Jeep Avenger no Brasil desde maio. Agora, o grupo anunciou, nesta segunda-feira (29), a produção em série do modelo no país. Posicionado na base da gama de SUVs da marca, o crossover será produzido na fábrica de Porto Real (RJ) e dividirá as linhas de montagem da unidade com o carros da Citroën (todos produzidos sobre a mesma plataforma CMP). De acordo com a fabricante, a chegada ao mercado acontecerá em 2026.
Quando estrear nas lojas, o SUV compacto será posicionado como carro de entrada da Jeep e terá a missão de rivalizar com Renault Kardian, Citroën Basalt, Volkswagen Nivus e Tera, além dos vindouros crossovers derivados de Chevrolet Onix (projeto Carbon) e Hyundai HB20. Ao que tudo indica, a estratégia será a mesma já implementada na Europa, onde o Avenger caiu no gosto do consumidor e já é um sucesso do vendas.
Com o lançamento, o portfólio de SUVs da Jeep no Brasil em 2026 será um dos maiores do mercado e totalizará seis diferentes modelos: Avenger, Renegade, Compass, Commander, Wrangler e Grand Cherokee.
Caso as dimensões do Jeep Avenger não sejam alteradas em relação ao modelo europeu, o SUV ficará na média do segmento. Na Europa, são 4,08 metros de comprimento, 2,56 m de entre-eixos, 1,77 m de largura e 1,53 m de altura. No porta-malas vão 355 litros.
Já a motorização será exclusiva do nosso mercado. No lugar do motor 1.2 GSE turbo de 100 cv usado na Europa, o SUV brasileiro terá o conhecido propulsor 1.0 turbo flex de três cilindros com 130 cv de potência e 20,4 kgfm de torque, amplamente usado pela Stellantis. O câmbio será automático CVT com sete marchas simuladas. Também haverá uma opção com sistema híbrido leve de 12V, já oferecido em Pulse e Fastback, desde o lançamento.
Além disso, é bem provável que o SUV tenha pelo menos uma versão 4×4, algo mandatório em todo Jeep produzido mundialmente. Na Europa há também uma variante elétrica, mas sua chegada ao Brasil não foi confirmada.
A produção do Avenger em Porto Real faz parte do ciclo de investimentos de R$ 3 bilhões que o grupo anunciou para a unidade fabril entre 2025 e 2030. O aporte viabilizará a contração de novos funcionários, modernização da unidade e contratos com novos fornecedores. O modelo, na prática, será o primeiro Jeep nacional a ser produzido fora de Goiana (PE).
As linhas de montagem serão compartilhadas com C3, Aircross e Basalt, reforçando o caráter flexível da fábrica. A sinergia também será facilitada pelo uso em comum da plataforma Smart Car (uma derivação da base CMP) e do conjunto mecânico protagonizado pelo motor 1.0 T200.
Nos últimos meses, o Avenger tem sido constantemente flagrados em testes pelo país, indicando que o processo de nacionalização está bastante adiantado. Quando chegar ao mercado, vale lembrar, o novo SUV não irá tirar o primo Renegade de linha. Os dois modelos terão atuação complementar dentro da estratégia da Jeep e viverão conjuntamente.
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Fonte: direitonews
