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A inflação oficial do Brasil registrou queda de 0,11% em agosto, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (10) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Este foi o primeiro resultado negativo desde agosto de 2024 e o mais intenso desde setembro de 2022. Em julho, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) havia registrado alta de 0,26%, o que representa uma queda de 0,37 ponto percentual.
No acumulado do ano, o índice registra alta de 3,15%, embora o resultado de agosto tenha ficado abaixo da expectativa do mercado, que projetava queda de 0,15%.
O grupo Habitação teve o impacto negativo mais intenso, com deflação de 0,90%, devido à redução na energia elétrica residencial (-4,21%), influenciada pela incorporação do Bônus de Itaipu, mesmo com a vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 2.
Outros grupos importantes que registraram queda foram Alimentação e bebidas (-0,46%) e Transportes (-0,27%). No caso da alimentação, os maiores impactos vieram de produtos como tomate (-13,39%), batata-inglesa (-8,59%), cebola (-8,69%), arroz (-2,61%) e café moído (-2,17%). A alimentação fora de casa também apresentou desaceleração, passando de 0,87% em julho para 0,50% em agosto.
No setor de transportes, a queda foi influenciada pelos preços das passagens aéreas (-2,44%) e dos combustíveis (-0,89%), com destaque para a gasolina, que recuou 0,94%, e para o gás veicular, que caiu 1,27%.
Fernando Gonçalves, gerente do IPCA, explicou que “somados, esses três grupos — Habitação, Alimentação e Transportes — foram responsáveis por -0,30 ponto percentual de impacto no índice geral. Sem eles, o resultado do IPCA de agosto ficaria em 0,43%”.
Cinco dos nove grupos pesquisados pelo IBGE registraram variação negativa em agosto, sinalizando um período de deflação em itens essenciais.
Fonte: gazetabrasil