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A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS aprovou, nesta quinta-feira (11), uma série de pedidos de quebras de sigilo bancário e fiscal de ex-presidentes do instituto, empresários e entidades ligadas ao setor previdenciário. Entre os alvos estão Alessandro Stefanutto, ex-presidente do INSS; o empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “careca do INSS”; e Maurício Camisotti, também investigado.
Segundo o presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), a sessão iniciou com a votação de 406 requerimentos previamente negociados entre governistas e oposição. “Foram retiradas da pauta quebras de sigilo de pessoas não citadas nos relatórios da Polícia Federal”, afirmou.
Além dos ex-presidentes e empresários, foram aprovadas solicitações ao Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) envolvendo ex-diretores do INSS, instituições, empresas, e sócios e dirigentes de associações, entidades e consultorias. Entre as entidades, o SINDNAPI (Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos) teve quebras de sigilo aprovadas; o sindicato tem como vice-presidente Frei Chico, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“O colegiado aprovou requerimentos de RIFs (Relatórios de Inteligência Financeira) de Yasmin Ahmed Hatheyer Oliveira, filha do ex-ministro José Carlos Oliveira, abrangendo o período de janeiro de 2021 a dezembro de 2024”, disse Viana. Oliveira comandou o INSS entre novembro de 2021 e março de 2022 e depois a pasta do Trabalho e Previdência durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).
Antônio Carlos Camilo Antunes, apontado pela Polícia Federal como intermediário em fraudes envolvendo descontos indevidos em benefícios do INSS, foi alvo de 20 requerimentos, incluindo a quebra de sigilo da sua empresa, Antunes & Camilo Ltda, entre maio de 2023 e junho de 2025. “As empresas dele operaram como intermediárias das associações, recebendo os recursos debitados indevidamente e repassando parte a servidores do INSS ou familiares”, informou a investigação.
A CPMI continuará os depoimentos de ex-ministros e ex-presidentes, que participarão por convite aprovado, sem caráter de obrigatoriedade, como esclareceu o presidente da comissão. A investigação tem como recorte temporal fatos ocorridos a partir de 2015 e inclui políticos, servidores de carreira e dirigentes ligados ao INSS.
Fonte: gazetabrasil