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Sydney Sweeney encarou um dos maiores desafios de sua carreira ao interpretar a lendária boxeadora Christy Martin no filme Christy.
A atriz, conhecida por seus papéis em Euphoria e The White Lotus, passou por uma intensa transformação física e se submeteu a um rigoroso treinamento de boxe que incluiu combates reais diante das câmeras.

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Dirigido por David Michôd, o longa teve estreia mundial no Festival Internacional de Cinema de Toronto (TIFF), em 5 de setembro, sendo ovacionado pelo público. A recepção já alimenta rumores de que Sweeney poderá disputar uma indicação ao Oscar.
Uma preparação física extrema
Para dar vida a Christy Martin, considerada uma das boxeadoras mais marcantes dos anos 1990, Sweeney alterou completamente seu corpo.
Em entrevista à Vanity Fair, publicada em 4 de setembro, a atriz revelou:
“Me senti muito forte e poderosa. Eu amei. Poder me perder e me transformar em um veículo para alguém é o meu sonho.”
A mudança foi radical: em poucos meses, ela ganhou entre 14 e 16 quilos. Sua rotina incluía uma hora de musculação pela manhã, duas horas de kickboxing ao meio-dia e outra sessão de musculação à noite.

(TIFF)
Com apoio de um nutricionista, treinador de boxe e preparador físico, Sweeney também mudou sua dieta. Ao falar com a Variety durante o TIFF, explicou:
“Aumentamos minha ingestão de calorias e comecei a tomar muitos shakes de proteína, suplementos e a comer de tudo. Comia muito Smucker’s, muitos sanduíches de manteiga de amendoim com geleia, milkshakes… estava sempre comendo porque era tão ativa que queimava tudo.”
Apesar dos resultados, a atriz admitiu ter se surpreendido ao se ver no espelho:
“Não entrava em nenhuma das minhas roupas. Normalmente uso tamanho 23 em jeans e cheguei a vestir 27. Meus seios aumentaram. E minha bunda ficou enorme. Foi uma loucura! Eu pensava: ‘Oh, meu Deus!’ Foi incrível, me sentia tão forte, com uma força descomunal.”, contou à W Magazine.
Treinamento no ringue
Embora já tivesse praticado artes marciais na adolescência, o boxe exigiu outra preparação.
“Minhas posturas e boa parte da técnica são diferentes do boxe. Você se posiciona de outra forma e, claro, não é levado ao chão: tudo acontece em pé.”, explicou à Vanity Fair.
Após três meses de treino intenso, a atriz decidiu subir ao ringue e encarar combates reais diante das câmeras.
“Durante cada luta que você vê em Christy, realmente estamos nos golpeando. Damos tudo de nós. Sempre acreditei que não pareceria real se fosse um dublê ou se fingíssemos os golpes.”
O esforço trouxe consequências:
“Me estavam apanhando. Colocavam compressas de gelo no meu rosto entre as cenas. Eu ficava com hematomas terríveis depois disso.”, relatou à Variety.
Uma história de superação
O longa retrata a trajetória de Christy Martin, pioneira do boxe feminino nos Estados Unidos. A lutadora iniciou sua carreira em 1989 e atingiu o auge em 2009, quando conquistou o título mundial dos super-médios. Também foi a primeira mulher a estampar a capa da Sports Illustrated.
Fora do ringue, sua vida foi marcada por violência doméstica. O filme mostra a conturbada relação com James Martin, marido e treinador, que em 2010 tentou assassiná-la. Christy sobreviveu ao ataque e ele foi condenado a 25 anos de prisão.
Outro ponto central do biopic é a identidade da atleta. O diretor David Michôd explicou à Deadline:
“Christy era uma jovem gay em uma pequena cidade da Virgínia Ocidental nos anos 1990. Vinha de uma família conservadora e não podia ser quem era, então usou o boxe como veículo para se expressar e liberar sua raiva.”
O filme chega aos cinemas dos Estados Unidos em 7 de novembro.
Fonte: gazetabrasil