James Vowles confirmou que as previsões sobre os pilotos da Fórmula 1 precisarem reduzir a aceleração nas retas a partir de 2026 devem se tornar uma realidade. Porém, ele vê a situação como uma possível melhoria na qualidade das corridas, não o contrário.
“Haverá redução? Sim,” afirmou o chefe da Williams à Sky Sports. “Eu acho que seria uma coisa ruim? Não, porque acho que haverá uma dinâmica bastante interessante e ultrapassagens que começarão a acontecer no próximo ano.”
A partir de 2026, os motores da F1 perderão o componente MGU-H. As unidades de potência continuarão com um motor de combustão interna turboalimentado e um MGU-K, que terá capacidade aumentada para gerar energia elétrica. Porém, críticos apontam que isso pode não ser suficiente para que os pilotos utilizem a potência máxima de forma constante, levantando preocupações de que será necessário reduzir marchas nas retas mais longas por falta de energia.

Vowles, que trabalhou por mais de 20 anos com a Mercedes, também afirmou não estar certo de que a fabricante alemã terá a unidade de potência mais competitiva em 2026, apesar de seu histórico de sucesso desde 2014.
“Tive o prazer de trabalhar para a Mercedes e com a Mercedes por mais de 20 anos, do lado da produção de motores por 15 deles, e eles são muito bons em pensar sobre os problemas que você encontrará no ano seguinte e em se adiantar no programa,” disse. “Isso é o que estou vendo no momento.”
“Eles têm sido muito bons. Até mesmo as sessões de simulador que estamos fazendo – nosso simulador não está focado apenas neste ano, está realmente focado no próximo ano também – e já estamos trabalhando nos problemas. Isso não significa que você está à frente de todos os outros. Significa apenas que você fez uma boa preparação.”
Já Toto Wolff, chefe da Mercedes, comentou recentemente sobre a possibilidade dos novos motores levarem os carros a velocidades de até 400 km/h, mas esclareceu que isso não deve ocorrer em condições reais de corrida. “Todo mundo está menosprezando esses motores, então eu tive que pensar: há algo positivo?” disse ele. “E é – obviamente soa sarcástico – mas se você fosse implantar toda a energia em uma única reta, você poderia fazer esses carros irem a 400 quilômetros por hora. Não sei se alguém ficou com medo disso, mas você poderia. Mas não sobraria muita energia elétrica para as outras poucas curvas de um circuito.”
A afirmação de Wolff chegou a ser ironizada por alguns pilotos, como Pierre Gasly, da Alpine.
Fonte: f1mania