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Um site com milhares de gravações, principalmente de conteúdo pornográfico roubado de mais de 2.000 câmeras de segurança em residências, salões de beleza e consultórios médicos de diversos países, foi descoberto nesta quinta-feira pelo centro de cibersegurança da empresa italiana VarGroup, segundo informações do centro de cibersegurança Yarix. O site estava disponível na web aberta e era “facilmente acessível por meio de motores de busca comuns”.
De acordo com Yarix, qualquer usuário podia visualizar trechos curtos das gravações gratuitamente e ter acesso à transmissão completa das câmeras mediante a compra de diferentes planos, que variavam entre US$ 20 e US$ 575 por câmera, dependendo da popularidade e do número de visualizações dos vídeos. O portal oferecia até controle remoto sobre os dispositivos comprometidos e estava ativo pelo menos desde dezembro de 2024.
Uma análise dos identificadores únicos das câmeras permitiu determinar a origem geográfica das gravações, que vinham de países como França, Alemanha, Rússia, Ucrânia, México e Argentina. Na Itália, foram detectados cerca de 150 dispositivos afetados, enquanto Yarix alertou que “o número de câmeras acessíveis continua aumentando”.
O site organizava os vídeos por localização, cômodo, pessoas e tipo de atividade registrada, e contava com uma barra de pesquisa semelhante à de um motor de busca convencional. O domínio da web estava registrado em Tonga, no Pacífico Sul, medida que, segundo Yarix, poderia estar relacionada à busca de anonimato pelos operadores e à flexibilidade legal em jurisdições fora da União Europeia.
Yarix notificou a descoberta ao Centro Operativo para a Segurança Cibernética da região italiana do Vêneto e à polícia, garantindo que o monitoramento do portal continua.
Em meados de agosto, as autoridades italianas investigavam o suposto roubo de imagens íntimas do apresentador de TV Stefano De Martino, obtidas por câmeras de segurança instaladas na casa de sua parceira, Caroline Tronelli. A Promotoria de Roma abriu investigação por “acesso ilegal a sistema informático”, crime punível com até dez anos de prisão. O Garante para a Proteção de Dados Pessoais proibiu a divulgação do material e lembrou das consequências penais associadas.
A Polícia Postal italiana assumiu a investigação após a denúncia de De Martino, cujos vídeos íntimos começaram a circular em redes sociais e outras plataformas. O órgão confirmou que o vídeo “teria sido retirado ilegalmente do sistema de videovigilância instalado na residência do casal”.
(Com informações da EFE)
Fonte: gazetabrasil