Trump e Rubio se manifestam após condenação de Bolsonaro; Itamaraty responde


Horas após a decisão do Supremo, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi questionado sobre a situação ao deixar a Casa Branca nesta quinta-feira (11). Para o republicano, Bolsonaro sofre a mesma perseguição judicial que ele sofreu antes de retornar à Casa Branca.
“Eu achei que ele foi um bom presidente do Brasil. E é muito surpreendente que isso possa acontecer. Isso é muito parecido com o que tentaram fazer comigo, mas não conseguiram de jeito nenhum. Mas só posso dizer o seguinte: eu o conheci como presidente do Brasil e ele é um bom homem”, disse em declaração repercutida pelo portal G1.
Entre as principais justificativas de Trump para impor a tarifa de 50% sobre a importação da maioria dos produtos brasileiros a partir de agosto deste ano, estava a situação do ex-presidente.

Rubio diz que EUA responderão ‘adequadamente’

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, usou as redes sociais para comentar a condenação de Bolsonaro. Segundo Rubio, os EUA “responderão adequadamente a essa caça às bruxas”.
“As perseguições políticas do violador de direitos humanos sancionado Alexandre de Moraes continuam, já que ele e outros membros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram injustamente prender o ex-presidente Jair Bolsonaro. Os Estados Unidos responderão adequadamente a essa caça às bruxas.”

Itamaraty rebate

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil se manifestou, através de sua conta no X (ex-Twitter) sobre as ameaças de Rubio. Segundo a chancelaria, o Judiciário brasileiro julgou “com a independência que lhe assegura a Constituição de 1988” os acusados de uma tentativa frustrada de golpe de Estado.
“As instituições democráticas brasileiras deram sua resposta ao golpismo. […] Ameaças como a feita hoje pelo Secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, em manifestação que ataca autoridade brasileira e ignora os fatos e as contundentes provas dos autos, não intimidarão a nossa democracia.”

Uso de poder militar

No primeiro dia de julgamento do ex-presidente, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que Trump “não tem medo” de usar o poder militar para proteger a liberdade de expressão no mundo. O jornalista trumpista Michael Shellenberger, autor da pergunta, questionou se o governo dos Estados Unidos poderia aplicar novas sanções ao Brasil em caso de uma condenação, o que se concretizou após três sessões.
“Eu não tenho nenhuma ação adicional para antecipar para vocês hoje, mas posso dizer que isso é uma prioridade para a administração e o presidente não tem medo de usar o poder econômico, o poder militar dos Estados Unidos da América para proteger a liberdade de expressão ao redor do mundo”, disse.
Leavitt continuou a fala dizendo que o presidente Trump foi “censurado” — ao perder acesso às redes sociais após a invasão do Capitólio, em 2021 — e que a liberdade de expressão é “sem dúvida, a questão mais importante do nosso tempo”.
“Tomamos medidas significativas em relação ao Brasil na forma de sanções e também aproveitando o uso de tarifas para garantir que países ao redor do mundo não estejam punindo seus cidadãos [com censura]”, acrescentou.
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Fonte: sputniknewsbrasil

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